quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
domingo, 12 de dezembro de 2010
"Don Carlo" MET
O “Don Carlo” é uma ópera exigente.
Não só por ser a mais extensa de Verdi, mas também por necessitar de grande quantidade de bons cantores para os principais papéis.
Ontem, na Gulbenkian, em transmissão directa da MET, uma boa récita.
Baixos muito bons. Quer Furlanetto (Filipe II) quer Eric Halfvarson (Grande Inquisidor) estiveram a grande altura. Um mezzo de excepcional qualidade, Anna Smirnova, numa “Eboli” que arrebatou a assistência. E um “Rodrigo” cantado por Simon Keenlyside que “encheu” o écran.
Para mim, ele foi a “estrela” da noite. Voz poderosa aliada a uma extraordinária representação cénica.
E perguntarão: então e o “Don Carlo” e a “Elisabeth”?
Pois…
Roberto Alagna é um bom tenor. Ninguém duvida. Mas os seus dotes de actor deixam muito a desejar…Sendo mais concreto: é um “canastrão”. E bem o demonstrou neste papel. Gestos demasiado encenados, pouco ou nada naturais.
Marina Poplavskaya será, um dia, uma grande “Elisabeth”. Por agora, falta-lhe a maturidade que gosto de sentir , e que ela não pode, de modo algum, emprestar ao papel. Canta bem…tem boa presença….mas falta ali qualquer coisa que só o tempo poderá trazer.
Muito bem Yannick Nézet-Séguin à frente da Orquestra do MET.
Uma encenação eficaz de Nicholas Hytner.
domingo, 21 de novembro de 2010
Dulce Cabrita
Licenciada em Economia, tinha o curso Superior de Bibliotecária-Arquivista da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Foi Directora dos Serviços de Documentação da Universidade Técnica de Lisboa.
Estreou-se em “Porgy and Bess” (“Annie”) em 1973 no S.Carlos.
Intérprete de excepção de Lopes Graça, deu numerosos concertos nos anos 60 e 70.
Foi companheira do escritor Diniz Machado.
Nasceu e morreu no Barreiro.
No esquecimento generalizado que sempre tem coberto os cantores portugueses. No anonimato. Triste e injusto.
Dulce Cabrita (1928-2010).
(Fonte: “Cantores de Ópera Portugueses”, de Mário Moreau, Terceiro Volume).
domingo, 14 de novembro de 2010
Netrebko, claro.
O “Don Pasquale” da MET em transmissão directa para todo o mundo.
Grande Auditório da Gulbenkian completamente esgotado.
E o que se viu e ouviu, foi arrasador. No bom sentido.
A “Norina” de Netrebko, estou certo, ficará nos anais do papel. Portentosa.
O soprano russo salta, pula, corre, dá cambalhotas (isso mesmo, cambalhotas) e vai cantando como se estivesse parada. E como canta!
“Encheu” o palco. Deslumbrou.
Mas não foi só Netrebko.
No papel que dá título à Ópera, John Del Carlo esteve soberbo, com um registo cómico fantástico, conhecimento da personagem, versatilidade. Matthew Polenzani foi um “Ernesto” muito bom, e este tenor, que conhecia mal, foi uma excelente surpresa.
O “Malatesta” de Mariusz Kwiecien esteve à altura de anteriores registos do barítono, isto é, do melhor que por aí há neste momento.
Encenação brilhante de Otto Schenk. Simples, agradável, clássica.
À frente da Orquestra da MET, um James Levine que problemas de saúde não impediram de mostrar, uma vez mais, a sua mestria. Sentado, consegue empolgar os músicos, o público, os cantores. Muito bem.
Grande noite, portanto.
Um “Don Pasquale” que, esperemos, saia em dvd ou BR.
Merece.
sábado, 6 de novembro de 2010
Shirley Verrett
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Outros Tempos
Tempos houve, em que a Ópera era bem tratada em Portugal.
Anualmente, publicavam-se com antecedência, sabida a programação da temporada, os “libretos”, dando assim a conhecer os enredos, para mais fácil compreensão dos que não os conheciam.
E era uma casa editorial do Porto que se encarregava da tarefa.
Não havia Internet, nem rádio ou televisão. E apesar de a esmagadora maioria dos cidadãos ser analfabeta, nem por isso se abandonava a preocupação de chegar ao maior número possível de potenciais interessados.
Outros tempos…
domingo, 24 de outubro de 2010
domingo, 17 de outubro de 2010
Ouro...mas pouco.
Ontem, no Grande Auditório da Gulbenkian, fez-se História.
Pela primeira vez em Portugal, uma transmissão em HD de uma ópera do MET.
Ainda que em diferido. Outras virão em directo.
“O Ouro do Reno”, para começar. Bryn Terfel cabeça de cartaz.
Que dizer?
Destacaria pela positiva: James Levine, a Orquestra, Robert Lapage e Eric Owens.
Isto é, o Maestro e os seus Músicos, a encenação e Alberich.
E se a qualidade de Levine apenas poderia ser questionada dados os seus recentes problemas de saúde, bem depressa nos apercebemos que aquele Levine, à frente desta Orquestra há quatro décadas, está em pleno. Mas a grande questão que se colocava era a encenação. Habitualmente, “reajo” mal a modernismos cénicos, mas este trabalho de Lepage agradou-me. Gostei.
Pode ter acontecido que Wagner tenha dado alguns saltos no sepulcro, por pensar que se estava a distrair o público da acção principal. Mas gostei.
Eric Owens, no Alberich, foi simplesmente “the best on the screen”. Voz poderosa, interpretação magnífica, “encheu” o palco. Muito bem!
Então e o resto? Terfel? Fasolt e Fafner? Fricka?
Terfel foi, na minha opinião, a desilusão completa. O seu Wotan é vulgar, sairá rapidamente da memória dos que viram e ouviram. Sem chama, sem alma. Que saudades tive de Donald McIntyre, por exemplo… Os “gigantes” foram banais, para não dizer fracos. A Fricka de Stephanie Blythe esteve bem vocalmente, mas…não se pode ver sem um ligeiro sorriso, dado o peso da cantora.
No final, alguma sensação de espectáculo mediano.
Fez-se história, mas não pelas melhores razões.
Foi pena.
domingo, 10 de outubro de 2010
Raridade
“Como ela o amava”, de Camilo Castelo Branco, serviu de inspiração a Henrique Lopes de Mendonça (1856-1931) para o libreto da ópera “Serrana”, que Alfredo Keil (1850-1907) comporia.
Foi estreada em S.Carlos em 1889.
Numa recente visita a um dos alfarrabistas “obrigatórios” de Lisboa, encontrei a preciosidade em anexo. Reservada pelo velho amigo proprietário da loja, que conhece este meu gosto pela Ópera. Confesso que fiquei deslumbrado. E grato.
Faço notar que as ilustrações, com dedicatória a Keil, são da autoria de Roque Gameiro e de Columbano.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Lojas caóticas
Em simultâneo, houve mudanças nos dois locais de compra de eleição.
(Não preciso dizer quais são. Esses !)
Num mudaram o agradável espaço onde nos deliciávamos, para uma esconsa e triste cave, perdida quase num parque de automóveis…No outro, alteraram a disposição, mas mantiveram o caos. Não há a secção “Novidades”, e está tudo misturado….
Que as dificuldades de venda são grandes, sabia. Mas exactamente por isso, impunha-se uma oferta atraente, preços convidativos e boa organização.
Nada disso.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Mercedes Capsir
Mas na sua época, Mercedes Capsir (1895-1969) foi uma grande figura da Ópera, um soprano coloratura de elevado gabarito, requisitada pelos grandes teatros europeus.
Nascida em Barcelona, estreou-se aos 18 anos na Gilda do Rigoletto, e em 1916 aparece pela primeira vez no Liceo, no Real de Madrid e no nosso S.Carlos. Sempre nesse papel verdiano.
Em 1928 gravou uma Lucia, uma Traviata, o Rigoletto e um Barbeiro de Sevilha.
Desconheço, lamentavelmente, se é possível encontrar alguma dessas históricas gravações.
O que aqui deixo é a capa de um programa de 1927, do Coliseu dos Recreios, com o destaque natural dado a uma grande cantora.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Facetas...
Foi o caso concreto do “mezzo” inglês Margery Booth (1905 - ?)
Estreou-se no Covent Garden em 1936, mas casou com um alemão e foi viver para Berlim, onde cantou na Ópera da cidade. Com a guerra, foi instruída para obter informações junto dos prisioneiros ingleses, mas a cantora aproveitou a ocasião para fazer contra-espionagem.
Mais apreciada por isso do que propriamente recordada como cantora.
sábado, 4 de setembro de 2010
Desconfio...
Hoje, na RTP 2.
Desconfio...
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Bocelli
Ao apresentar Bocelli ao mundo, terá alguma vez passado pela cabeça de Pavarotti que, um dia, o seu “afilhado” conseguiria dar um recital no MET?
Se passou ou não, ninguém sabe. Mas a verdade é que o tenor lá estará, no dia 13 de Fevereiro, interpretando Handel, Beethoven, Wagner e outros compositores.
Pessoalmente, não aprecio a voz de Andrea Bocelli.
Mas tem admiradores. O MET sabe-o.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Jajick
Não é Fiorenza Cossotto, nem Simionato.
Mas no panorama actual da Ópera, teremos grande dificuldade em encontrar melhor “mezzo” em papéis verdianos.
Dolora Jajick.
Amneris, Azucena e Eboli têm sido os seus personagens de eleição. E a carga dramática de qualquer delas, a exigência e a dificuldade, são superadas com sucesso.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Villazon...Villazon...
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Freni e Pavarotti
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Caruso
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Couto Viana
António Manuel Couto Viana, 1923-2010.
Encenou e dirigiu as companhias de ópera do Teatro Nacional de São Carlos, do Círculo Portuense de Ópera, da Companhia Portuguesa de Ópera, e ainda da Ópera de Câmara do Real Teatro de Queluz.
Um homem sabedor, dedicado.
Uma referência.
Um valor.
Morreu há pouco tempo.
A Ópera portuguesa lembrou-se dele?
Claro que não…
sábado, 24 de julho de 2010
segunda-feira, 19 de julho de 2010
quarta-feira, 14 de julho de 2010
"Salome" Denoke
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Fim adiado
Assim intitula James Naughtie o seu recente artigo sobre Plácido Domingo no “Telegraph”. Muito elogioso e concordante.
Sou um mero apreciador de Ópera, mas não alinho neste aplauso.
Domingo foi, é e será sempre, para mim, um tenor, um dos grandes do século XX. Completo (mais do que Pavarotti, por exemplo), uma grande voz e um bom timbre.
Tenor, senhores.
Quando o vi, pela primeira vez, a reger uma orquestra, percebi a intenção. Queria ficar ligado ao mundo da lírica quando a voz desaparecesse. Lógico. E se tinha qualidades de regência, tudo bem. Perdia-se um tenor, ganhava-se um maestro.
Mas perto dos 70 anos cantar papéis de barítono, por muito bem que o faça, santa paciência! Faz-me lembrar aqueles futebolistas famosos que não conseguem encarar de frente o fim das suas carreiras, e se arrastam pelos campos em clubes secundários, manchando tudo quanto de bom fizeram no passado.
Plácido Domingo devia retirar-se.
Ninguém lhe retira o justo lugar que tem na história da Ópera, a par de Caruso, Gigli, Bjorling, Corelli, Del Monaco, Pavarotti.
Tenores.
Como ele.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
"Pique Dame"
Exactamente no mesmo Teatro Maryinsky em que esta produção foi gravada em 1993.
Com uma encenação “à antiga”, majestosa e respeitando a época, vale mais pelas cantoras do que pelo tenor Gegam Grigorian, cujo “Herman” não espanta. Admirável está Maria Guleghina, com 34 anos, e em grande forma. A sua “Liza” é excelente, ainda que não fazendo esquecer a grande Galina Vishnevskaya, em gravação áudio que felizmente existe. A “Pauline” de Olga Borodina é igualmente muito boa, e pena é que o personagem tenha um papel pequeno na ópera. Uma palavra para Leiferkus no “Tomsky”, seguro e convincente. Ludmila Filatova faz uma “Condessa” que não deixa saudades.
Um grande trunfo deste dvd é a Orquestra de Kirov, e o maestro Gergiev, perfeitamente à vontade neste reportório. Muito bem.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Mozart com 11 anos...
Mas ouve-se e vê-se como tal.
“Apollo et Hyacinthus”, que o festival de Salzburgo levou à cena em 2006 e registou em dvd, é muito agradável, bem cantado e…é Mozart.
Quando acabou, pensei:
“Como é possível que um miúdo de 11 anos consiga escrever isto!”.
Mas logo recordei o génio. E a explicação.
São 75 minutos que passam num instante, tal a riqueza da música e a excelência da interpretação, salientando que não conhecia nenhum destes cantores.
Excelente a qualidade da gravação.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Pumeza
segunda-feira, 21 de junho de 2010
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Ontem ouvi (14)
Já me aconteceu, e certamente a todos nós.
Mas quando colocamos o cd no leitor, e ouvimos uma gravação boa, a sensação é de duplo júbilo. Comprámos bem…e normalmente barato.
Este “Mefistofele” que ontem ouvi mais uma vez, foi um caso desses. Descobri-o num belo passeio pelas ruas de Toronto, há alguns anos.
Ghiaurov, Alfredo Kraus, Tebaldi e Souliotis, em 1965, na Ópera de San Francisco.
É excelente. Diria até, empolgante.
Única ópera de Boito que ainda hoje é representada (“Nerone” caiu no esquecimento), não tem no mercado muitas gravações disponíveis.
Samuel Ramey, Cesare Siepi e Ghiaurov, são os “Mefistofele” que conheço.
E Ghiaurov é o meu eleito.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Giuseppe Taddei
domingo, 6 de junho de 2010
quarta-feira, 2 de junho de 2010
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Finalmente!
Graças à Gulbenkian, claro.
Pelo "Grande Auditório" passarão, entre muitos outros, Bryn Terfel, René Pape, Anna Netrebko, Roberto Alagna, Deborah Voigt, Placido Domingo, Natalie Dessay, Diana Damrau, Joyce DiDonato, Renée Fleming e Jonas Kaufmann.
Já mereciamos!
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Sagrada espera.
Não espanta, portanto, que a actividade da agora mais anafada Netrebko tenha sido anunciada com muita antecedência. E nós, os fieis, só desejamos que o tempo corra célere…
Vejamos:
“Fausto”, “Anna Bolena”, “La Bohème”, “Il Trovatore” e “Eugene Onegin”, tudo isto até 2013.
Logo a seguir, “Lohengrin”, “Luisa Miller”, “Otello” (Verdi), “Don Carlo”, “Salome” e “Lulu”.
Trabalho não lhe faltará.
Só podemos esperar o melhor!
quarta-feira, 19 de maio de 2010
sexta-feira, 14 de maio de 2010
terça-feira, 11 de maio de 2010
Grande Simionato.
Mas um capricho do destino não a deixou comemorar o centenário, pois faleceu no dia 5.
Quero dizer o que para mim representa esta enorme cantora.
Desde quase menino que ouço ópera, e habituei-me às grandes gravações em LP, que com o tempo ficavam cheias de indesejáveis mas inevitáveis ruídos. E nelas, recuando aos anos 40 e 50, Simionato era presença constante, ao lado de Callas, Gobbi, Di Stefano e Boris Christoff, para apenas dar um exemplo por “voz”.
Porque Simionato estava ao nível daquelas “estrelas”, os elencos eram formados pelos melhores, e o melhor “mezzo” da sua geração foi ela, indiscutivelmente.
Alguns dos seus papéis permanecem na memória dos privilegiados, mas também das gerações mais recentes, através das maravilhas da técnica que permitiram chegar aos cd.
Obrigado, Giulietta Simionato, por tudo o que fez pela Ópera.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Inveja...
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Obrigado!
133 mil euros.
Há muito tempo que não via uma verba tão bem empregue.
Indemnização para Dammann, e “adeus que não deixas saudades”!
Com algumas reservas quanto ao anunciado sucessor, cuja ligação a Portugal, no passado, não foi pacífica…fico a aguardar os resultados imediatos da sua gestão, dando-lhe, para já, o benefício da dúvida.
Mas Gabriela Canavilhas repôs a decência.
Parabéns por isso. E obrigado.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
1913
Cesarina Lira (1883-1964), soprano.
Estreou-se em 1912, numa “Aida” apresentada no Coliseu de Lisboa, imediatamente seguida de “O Trovador”.
No ano seguinte, integra a temporada de ópera italiana da mesma casa de espectáculos, a que se refere o cartaz aqui exposto, facto notável atendendo à pouca experiência da cantora, mas justificado pela sua qualidade.
Em 1914 canta no “Sá da Bandeira” no Porto “Os Palhaços”, e no ano seguinte, em Lisboa, no Éden Teatro, voltou à “Aida”.
E por aqui se ficou a carreira de um soprano que podia ter ido bem mais longe, mas que a I Grande Guerra marcou, por não ter permitido, como era seu desejo, fixar-se em Itália para aí estudar e cantar.
(Fonte de texto: Mário Moreau, “Cantores de Ópera Portugueses”, vol.2. A fotografia foi publicada na colecção "Inesquecíveis")
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Carreira fugaz
Este soprano estreou-se no Teatro Carlos Alberto, no Porto, em 1912, cantando duas árias de “A Sonâmbula” e “Lucia de Lammermoor”, mas só em 1914 iniciaria a sua carreira na ópera, no Coliseu de Lisboa, na mesma ópera de Bellini.
A I Grande Guerra impediu-a de ir para Itália estudar, razão pela qual continuou em espectáculos líricos no nosso país, nomeadamente no “Rigoletto”.
Diz Mário Moreau:
“Em poucos meses de carreira operática, Emília Rodrigues conseguira já alcandorar-se a um lugar de primeiro plano na arte lírica portuguesa, mercê não só duma voz bela e primorosamente trabalhada…como também graças às suas notáveis aptidões cénicas”.
Em 1917 foi contratada para cantar no Rio de Janeiro, e essa viagem foi decisiva na sua carreira. Aí casa, e por razões familiares termina a sua breve passagem pelos palcos.
Viveu em São Paulo até à morte.
(Fonte de texto: Mário Moreau, “Cantores de Ópera Portugueses”, Segundo Volume.
Fotografia publicada na colecção “Inesquecíveis”)
segunda-feira, 19 de abril de 2010
XX, XXI...
quarta-feira, 14 de abril de 2010
DVD Revisitado (5)
sábado, 10 de abril de 2010
Quem são? (15)
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Thanks, Mrs.Ziff !
Esta senhora chama-se Ann Ziff.
Não, não é cantora.
Está aqui porque acaba de doar, ao MET, a módica quantia de 30 milhões de dólares!
A direcção da instituição, que prevê um deficit para este ano de 4 milhões, pode dormir assim mais descansada. Até porque se trata da maior doação que este Teatro alguma vez recebeu.
Ann Ziff é filha do soprano Harriet Henders, que cantou no MET nos anos 30, sem deixar nome na História lírica.
Todos os amantes de Ópera agradecem a Ann Ziff!
segunda-feira, 29 de março de 2010
Fernanda Machado
E quantos sabem que cantou ao lado de Aldo Protti, Cappuccilli, Kabaivanska, Italo Tajo e muitos outros famosos, em palcos estrangeiros, após a sua estreia, em 1952, com Tomás Alcaide?
Entre 1959 e 1973, foi presença assídua em Turim, Colónia, Frankfurt, Zurique, Merano e Milão, regressando por períodos a São Carlos e ao Trindade.
As suas interpretações no “Barbeiro de Sevilha” ou no “Rigoletto” granjearam-lhe inúmeros admiradores, e basta consultar as críticas da época, para nos apercebermos da enorme qualidade da cantora. Gabavam-lhe os “agudos cristalinos”, a “técnica segura” e um “jogo cénico admirável”.
Quando faleceu, com 50 anos, era professora no Instituto Donizetti, em Bergamo.
Uma grande cantora portuguesa.
(Fonte: Mário Moreau, “Cantores de Ópera Portugueses”, Vol. III)
terça-feira, 23 de março de 2010
"Livre"?
quinta-feira, 18 de março de 2010
sábado, 13 de março de 2010
Magda Olivero. 100 anos!
Por vezes, para quem a escuta pela primeira vez, não é fácil gostar, exige um maior número de audições, e então consegue-se apreciar o talento, a riqueza da interpretação.
Para muitos foi a maior “Adriana Lecouvreur”.
Magda Olivero, que nasceu em 1910, estreou-se em 1932 numa emissão radiofónica em Turim, e daí para todos os principais palcos italianos durante uma década. Em 1941 casou-se e retirou-se.Voltou mais tarde exactamente para cantar a “Adriana”, e só cantará no MET em 1975 na “Tosca”. Tinha 65 anos!
Parabéns, Magda Olivero!
segunda-feira, 8 de março de 2010
Mortier e Alvarez...
É impossível trabalharmos juntos.
Ele ama a cenografia e gosta de manejar os intérpretes mais ao nível artístico do que musical, e eu não gosto disso. Ele não vai mudar e eu também não. Além disso, tenho o meu calendário comprometido até 2015.
Enquanto Mortier estiver no "Real", eu não canto.”