quarta-feira, 28 de julho de 2010

Couto Viana



António Manuel Couto Viana, 1923-2010.

Encenou e dirigiu as companhias de ópera do Teatro Nacional de São Carlos, do Círculo Portuense de Ópera, da Companhia Portuguesa de Ópera, e ainda da Ópera de Câmara do Real Teatro de Queluz.
Um homem sabedor, dedicado.
Uma referência.
Um valor.

Morreu há pouco tempo.
A Ópera portuguesa lembrou-se dele?
Claro que não…

sábado, 24 de julho de 2010

Grande jantar


Imaginam onde foi tirada esta fotografia?
Indiquem, pelo menos, duas das pessoas retratadas...

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Mackerras


Charles Mackerras (1925-2010).

Janacek chora-o.
Mozart também.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

"Salome" Denoke


A "Salome" de Angela Denoke está a fazer furor em Londres.
Bem longe da adolescente idealizada por Strauss para o papel, Denoke, segundo as crónicas da Imprensa, assume por inteiro o desempenho como mulher madura, cheia de sensualidade e atrevimento. E com uma bela voz.
O público foi avisado de que há nudez no espectáculo, mas não foi essa característica que mais entusiasmou os críticos.
Esperemos que seja gravado em dvd.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Fim adiado


“Depois de décadas como tenor, o maestro espanhol regressa às suas origens de barítono”.

Assim intitula James Naughtie o seu recente artigo sobre Plácido Domingo no “Telegraph”. Muito elogioso e concordante.
Sou um mero apreciador de Ópera, mas não alinho neste aplauso.
Domingo foi, é e será sempre, para mim, um tenor, um dos grandes do século XX. Completo (mais do que Pavarotti, por exemplo), uma grande voz e um bom timbre.
Tenor, senhores.
Quando o vi, pela primeira vez, a reger uma orquestra, percebi a intenção. Queria ficar ligado ao mundo da lírica quando a voz desaparecesse. Lógico. E se tinha qualidades de regência, tudo bem. Perdia-se um tenor, ganhava-se um maestro.
Mas perto dos 70 anos cantar papéis de barítono, por muito bem que o faça, santa paciência! Faz-me lembrar aqueles futebolistas famosos que não conseguem encarar de frente o fim das suas carreiras, e se arrastam pelos campos em clubes secundários, manchando tudo quanto de bom fizeram no passado.
Plácido Domingo devia retirar-se.
Ninguém lhe retira o justo lugar que tem na história da Ópera, a par de Caruso, Gigli, Bjorling, Corelli, Del Monaco, Pavarotti.
Tenores.
Como ele.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

"Pique Dame"


Por muitos considerada a ópera mais “tradicional” de Tchaikovsky, a “Dama de Espadas” foi estreada em S.Petersburgo em 1890.
Exactamente no mesmo Teatro Maryinsky em que esta produção foi gravada em 1993.
Com uma encenação “à antiga”, majestosa e respeitando a época, vale mais pelas cantoras do que pelo tenor Gegam Grigorian, cujo “Herman” não espanta. Admirável está Maria Guleghina, com 34 anos, e em grande forma. A sua “Liza” é excelente, ainda que não fazendo esquecer a grande Galina Vishnevskaya, em gravação áudio que felizmente existe. A “Pauline” de Olga Borodina é igualmente muito boa, e pena é que o personagem tenha um papel pequeno na ópera. Uma palavra para Leiferkus no “Tomsky”, seguro e convincente. Ludmila Filatova faz uma “Condessa” que não deixa saudades.
Um grande trunfo deste dvd é a Orquestra de Kirov, e o maestro Gergiev, perfeitamente à vontade neste reportório. Muito bem.
Locations of visitors to this page