Emma Calvé (1858 – 1942)
Dizia-se que a sua “Carmen”, o seu papel mais famoso, não consistia numa
interpretação, mas de milhares, dependendo da sua disposição na noite da récita.
A sua versatilidade entre a opulência escura do contralto e o brilhantismo de
uma alto-soprano, quebrava qualquer disciplina que o papel impõe.
Espantou todas as audiências desenvolvendo o que chamava a sua “quarta” voz,
aprendida, segundo dizia, com os “últimos castrati”, e que é reconhecida em
muitas das suas gravações.
Estreou-se no “Fausto” em Bruxelas no ano de 1881, mas segue de imediato para o
Covent Garden (Londres) e para o MET (NY), onde fez sensação na “Cavalleria
Rusticana”.
Fazendo uma gestão perfeita e inteligente dos papéis que escolhia, Calvé chegou
a gravar já com mais de 60 anos, o que é sempre notável.
Permanece como uma das grandes Divas da Ópera, ainda que muito esquecida.
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