terça-feira, 10 de abril de 2007

Comprar Ópera em Lisboa


Quem, como eu, vive em Lisboa, não tem muitas alternativas de lojas que vendam música clássica ou ópera.
Pensando bem, encontramos a FNAC, o Corte Inglez…e pouco mais.
Recordo…que Lisboa é uma capital europeia…de um país que pertence à Europa “dos ricos”…e que tem muitos séculos de História…
Há uns anos, antes destas duas lojas, podíamos comprar no Valentim de Carvalho, na Roma, na Buchholz. Seria pouco, é certo, mas ao tempo, servia bem melhor do que hoje.
Até porque, estando atento ao que o “mercado” vai oferecendo, reparamos que desde o Natal (já lá vão uns meses…), nada de especial foi lançado, o que contraria o que podemos pesquisar na net sobre lançamentos internacionais.
Experimentem visitar as páginas da “Gramophone”, da “Deustch”, da “Artaus”, e depois comparem.
Dizia-me, há pouco tempo, uma das empregadas de uma destas lojas, que ela própria não percebe esta falta de dinâmica, uma vez que, “só sai no mercado português aquilo que os editores entendem ser mais fácil vender!”.
Eu compreendo que é um negócio como outro qualquer, mas coloco sérias reservas quando desconfio que quem decide se uma ópera de Mozart, por exemplo, “vende”…é a mesma pessoa que lança, com gigantescas campanhas de promoção, um cd ou dvd do Quim Barreiros…com o respeito que este merece.
Valha-nos portanto a “santa net”, e a possibilidade de não ficar refém da “perspectiva comercial” de algum “entendido”…

6 comentários:

Teresa disse...

Apesar das saudades que tenho da discoteca Roma e da sua cave, onde se ficava horas à conversa... brindo aos novos tempos, José!

Antes da internet eu ficava MESES à espera de certos discos. Quando me telefonabvam a dizer que este ou aquele tinham chegado era uma vitória! Mal saía o Penguin Guide de cada ano (e outro similares), guardavam logo um exemplar para mim, que seria depois conscienciosamente estudado (em pouco tempo ficava cheio de pos-it e de anotações a lápis). A britânica Opera chegava-me com um mês de atraso á Buchholz ao preço infame de 1.200$00. Uma biografia do Farinelli encomendada na livraria francesa (Patrick Barbier, também autor da História dos Castrados) demorou sete meses a chegar e custou um dinheirão...

Agora temos as coisas em dois ou três dias e mais baratas. A maior parte do livros sobre ópera por mim comprados na Buchholz andou num preço médio nunca inferior a sete contos... quando lá fora era de cerca de um terço. Por essa razão, sempre que viajava a minha grande preocupação era sempre comprar livros e discos...

Anónimo disse...

Repare que a solução do seu problema não passou pelas lojas que existem.
Se não fosse a internet, estaria nas mesmas ou piores condições que estava há dezenas de anos.
Também eu vim muitas vezes carregado de livros e discos ( os velhos LP, que não podiam apanhar sol...), a maioria dos quais nunca seriam lançados em Portugal.
Neste momento, são os senhores das editoras que decidem o que vai vender melhor ou pior, e em conformidade, lançam ou não.
Eu acho que isto é "terceiro mundista".
Veja bem as prateleiras da FNAC , e verá que as Óperas que lá estão já têm pó...
Compare com qualquer cidade europeia...já nem falo em qualquer cidade norte-americana...E nem é preciso ir muito longe.
Badajoz (qual o equivalente em Portugal?...Portalegre??) tem uma óptima discoteca de ópera, onde pode encontrar coisas que nem em Lisboa sairam...
É uma tristeza....concordará comigo.

Anónimo disse...

Mas digam-me, por favor, onde posso comprar CDs de ópera em Lisboa? Foi com profundo desgosto que no Verão passado, nas férias fui à discoteca Roma e vi que tinha fechado. Fiquei desorientado. O mesmo aconteceu com a minha sapataria na Av de Roma, junto à João XXI. Eu sou em matéria de compras um animal de hábitos.
A Fnac no Chiado, que pobreza! No Natal quis comprar o cravo bem temperado, livro I, do Bach, versão de piano, não consegui. Acabei comprando excertos num CD do Richter, que é um milagre, mas não era o que eu queria comprar.
Raul

Anónimo disse...

Pois é, caro Raul, em Lisboa...ou uma das FNAC ou no Corte Inglez...pouco mais. Há também uma casa na rua Viriato, num centro comercial, pequenina, mas que tem uma colecção interessante, mais em cd que dvd.
O resto...santa net!

Anónimo disse...

Saudades da cave da Discoteca Roma, das tertúlias, dos amigos que lá encontramos e dos deliciosos momentos lá passados durante tantos anos.. em www.romaclassicmusic.com encontram a Ana Simões sempre online e a arranjar discos dificeis...

Unknown disse...

CONVITE

SOPRANO ITALIANA PATRIZIA MORANDINI EM LISBOA - MUSEU DA MÚSICA

Prezados Senhores,

temos a honra de convidá-los para o concerto de encerramento do Ciclo de Concertos do Museu da Música de Lisboa 2009, com a soprano italiana Patrizia Morandini (www.patriziamorandini.com)

Grazie tanto.

Rodrigo Teodoro de Paula
Coordenador do Ciclo de Concertos do Museu da Música
www.museudamusica.imc-ip.pt

CICLO DE CONCERTOS MUSEU DA MÚSICA
DIA 05 DE DEZEMBRO - 18 HORAS

A soprano italiana, Patrizia Morandini, acompanhada pelo pianista italo-brasileiro, Marco Aurelio Brescia, apresentarão no Museu da Música um conjunto de árias menos conhecidas do bel canto italiano.

O destaque vai para árias da ópera histórica «I Normanni a Salerno», de Temistocle Marzano, uma obra monumental e injustamente esquecida, talvez pela sua complexidade de execução e encenação, que foi recentemente resgatada e levada à cena, no Teatro Politeama de Nápoles (Itália), em Outubro de 2007, tendo Patrizia Morandini como protagonista.

Em conjunto com as árias da personagem interpretada pela soprano na ópera de Marzano, Morandini interpretará ainda árias da autoria de compositores ilustres predecessores de Marzano, como Verdi, Bellini, entre outros.

Este concerto encerra o ciclo dinamizado para o Museu da Música pelo maestro Rodrigo Teodoro, responsável pela direcção artística.

Visite o site:

http://bit.ly/ 5Xy83D

www.museudamusica. imc-ip.pt

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