quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
sábado, 19 de dezembro de 2009
domingo, 13 de dezembro de 2009
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Antonacci
domingo, 29 de novembro de 2009
Lomelino
Muito poucos cantores líricos portugueses tiveram uma carreira tão brilhante como o tenor Lomelino Silva (1892 – 1967).
Mas a esmagadora maioria dos amantes de ópera perguntará: “Quem?”.
De seu nome completo Nuno Estêvão Lomelino Silva, nasceu no Funchal e morreu em Lisboa.
Cantou os grandes papéis em quase todos os grandes palcos, dirigido pelos maiores maestros, dos quais lembraremos apenas como exemplo, Tullio Serafin.
Dos Estados Unidos à África do Sul, de Itália ao Brasil, Lomelino foi uma enorme figura da sua época, não sendo, seguramente, por mero acaso, que o Dr. Mário Moreau lhe dedica perto de 60 páginas, na sua importante obra sobre os cantores portugueses.
No “Honolulu Observer”, em 1932, podemos ler:
“Critics have likened him to Caruso. But he is not like him, or other any tenor we have heard. His voice is his own and his methods, while existing long and studious training and practice, are personal”.
(Fontes: Mário Moreau, “Cantores de Ópera Portugueses”, Segundo Volume; Revista ABC de 1929)
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Soderstrom
A sua longa carreira permitiu-lhe interpretar todos os papéis do “Cavaleiro da Rosa”, o que é impressionante.
Strauss foi, aliás, um dos seus compositores de eleição, a par de Janacek.
Elisabeth Soderstrom, que morreu na sexta-feira, foi um dos melhores sopranos do século passado, e deixa-nos um legado discográfico considerável.
Cantou até 1996 (tinha 69 anos!), e foi figura de primeiro plano em todos os grandes palcos europeus e norte-americanos, durante décadas.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
1923
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
terça-feira, 27 de outubro de 2009
terça-feira, 20 de outubro de 2009
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Justo!
Trata-se do maior prémio existente no mundo da música clássica.
A cerimónia decorreu na Ópera Real da Suécia, exactamente o palco onde se estreou a grande Birgit Nilsson, há 63 anos.
Placido Domingo declarou que irá aplicar esta verba na sua iniciativa “Operalia”, concurso de descoberta de novos cantores, dividindo-o em duas partes: uma para distinguir o melhor intérprete wagneriano, a outra no apoio geral à realização do concurso.
Justo o prémio e digno o destino do mesmo.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Irritação...
Que se há-de fazer?
Leio qualquer coisa que tenha dito, e logo sinto crescer uma aversão que ultrapassa a simples antipatia.
Desta vez, deu uma pequena entrevista ao “JL”, mas pequena ou grande, aproveita sempre para qualquer dislate.
Vou citar, com a devida vénia:
Pergunta: como reage às críticas?
Resposta: “No caso de “Salomé” fiquei um pouco surpreendido. Aceito posições diversas, mas penso que alguns críticos não têm essa capacidade. Uma vez em cada temporada é bom ter uma grande polémica. A crítica é normal e acompanha o trabalho dos directores artísticos de todo o mundo. O nosso objectivo não é convencer toda a gente. Nas artes temos de fazer aquilo de que estamos convencidos, tendo sempre no horizonte o público. Tenho um grande respeito pelo público português – que está a crescer e a mudar – e é minha obrigação servi-lo”.
Por mim, pode ir servir, rapidamente, outro qualquer público que não o português.
E aproveito para deixar no ar a questão:
Vamos mesmo aturá-lo até 2012?
domingo, 4 de outubro de 2009
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Quem são? (8)
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Curiosidades (6)
O papel principal é uma "prima donna" bailarina, e a ópera está repleta de situações cómicas.
Foi precisamente com esta ópera que se inaugurou o Teatro S.Carlos, em 30 de Junho de 1793.
Cimarosa (1749 – 1801) era muito apreciado pelo público italiano, e sabia escrever para lhe agradar, influenciando igualmente outros compositores.
A sua ópera mais conhecida nos nossos dias é “Il Matrimonio Segreto”, mas será bom não esquecer que durante a sua curta vida compôs mais de 80 óperas.
(No quadro, Domenico Cimarosa)
sábado, 19 de setembro de 2009
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Curiosidades (5)
Durante mais de trinta anos, de 1766 até 1799, nenhuma mulher cantou ópera em Portugal.
E isto porque o filho do Marquês de Pombal perdeu a “cabeça” ( e muito dinheiro) com uma célebre cantora italiana, Zamperini, que actuou no Teatro da Rua dos Condes.
O Marquês não se contentou em expulsá-la do país, levando a sua ira ao ponto de proibir a presença de mulheres nos espectáculos.
Eram os “castrati” que as substituíam.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Quem são? (5)
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
terça-feira, 11 de agosto de 2009
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Caballé !
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Quem são? (2)
quinta-feira, 23 de julho de 2009
segunda-feira, 20 de julho de 2009
quinta-feira, 16 de julho de 2009
DVD Revisitado (3)
Renata Tebaldi (“Leonora”), Ettore Bastianini (“Don Carlo”), Franco Corelli (“Don Alvaro”) e Boris Christoff (“Padre Guardiano”).
É “apenas” este o elenco desta “Força do Destino” cantada em Nápoles, no dia 15 de Março de 1958, no célebre “San Carlo”, com Francesco Molinari Pradelli à frente da Orquestra e Coro do teatro.
A imagem não é, obviamente, “digital”… mas aquelas vozes bastam para rapidamente nos esquecermos de tudo isso. Mesmo que não haja melhor “Leonora” que Leontyne Price (na minha opinião).
E como brinde, ainda uma entrevista a Tebaldi.
Uma preciosidade.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
quinta-feira, 9 de julho de 2009
DVD Revisitado (2)
Há muitas gravações áudio e vídeo do “Requiem” de Verdi.
Mas esta é, para mim, a melhor.
Pavarotti e Cossotto com 32 anos, Leontyne Price com 40 e Ghiaurov com 38, estavam no auge das suas capacidades vocais, na plenitude do seu talento de grandes cantores, e Karajan, à frente da Orquestra e Coros do La Scala, deslumbra.
A gravação foi feita em 1967, e revê-se com o encantamento da primeira vez.
“Ganhem” dez minutos e vejam este “clip”. Apreciem a arte de Price e de Karajan.
Posso garantir que este nível é o de toda a gravação.
domingo, 5 de julho de 2009
Ekaterina Shcherbachenko
Fixem este nome, embora não seja fácil...
Este soprano ganhou o "BBC Cardiff Singer of the World" de 2009, e pelo "clip" que anexo, não é difícil perceber porquê.
Estamos perante uma grande voz, uma extraordinária capacidade interpretativa, uma presença marcante.
Não me enganarei se lhe vaticinar um futuro brilhante.
Veremos.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Porto, 1921...
Barrientos (1883-1946) foi um enorme soprano “coloratura”, convidada por todos os grandes palcos mundiais, da Europa ao MET, passando por Buenos Aires.
Cantou muitas vezes ao lado de Caruso, e era uma das mais respeitadas figuras da cena lírica mundial.
Vittorio Gui (1885-1975), presente em muitas das gravações que todos nós possuímos, foi um dos mais conhecidos e reconhecidos maestros, numa época em que os talentos abundavam.
Célebre o seu “Parsifal” de 1950 com Maria Callas, brilhante o “Barbeiro de Sevilha” de 1962, e fantásticas umas “Bodas de Fígaro” com Sena Jurinac.
Bastaria notar que Gui foi convidado por Bruno Walter para maestro convidado do Festival de Salzburgo, para avaliar a sua capacidade.
O Porto dos anos 20 do século passado teve ocasião de assistir a várias récitas de algumas óperas por estes intérpretes de excepção. Acompanhados por outros nomes importantes à época, como o soprano Madeleine Bugg, o tenor Dino Borgioli, o barítono Enrico Molinari ou o baixo Bruno Carmassi.
Há quase 90 anos.
E hoje?
(Cartaz publicado na Revista "ABC")
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Ontem ouvi (11)
Schwarzkopf (“Fiordiligi”), Ludwig (“Dorabella”), Prey (“Guglielmo”), Kmentt (“Ferrando”) e Sciutti (“Despina”), tornam este “Così Fan Tutte” difícil de bater por qualquer gravação das existentes e muitas são. Algumas muito boas.
Em 1962, estes grandes cantores estavam na plena posse das suas capacidades, que eram imensas, como sabemos.
E a mestria de Karl Bohm, à frente da Filarmónica de Viena, é bem posta em evidência.
Quando acaba, apetece colocar novamente o cd no início.
Espantoso.
domingo, 21 de junho de 2009
A "melhor" Bohème...
Esta frase foi dita por Christoph Dammann, director do Teatro, ao “Expresso”.
Rimos.
De quem escreveu algures essas palavras.
De Dammann, por ter acreditado nelas.
Ou dar-lhe jeito acreditar.
Bastaria lembrar…Beniamino Gigli, Gino Bechi, Giulio Neri e Penchi Levy em Abril de 1948…Rolando Panerai, Tancredi Pasero, Luigi Infantini e Rizzieri no ano seguinte…Tito Gobbi em 1953….Virginia Zeani em 57…Alfredo Kraus e Sesto Bruscantini em 1963….
Rimos.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Ontem ouvi (10)
E ainda que estas classificações dependam sempre do gosto pessoal, é indiscutível que, se não é o melhor, está entre os melhores.
E quando Vinay interpreta o papel acompanhado por Tebaldi e Gino Bechi, em 1952, numa célebre récita em Nápoles, o resultado só podia ser memorável.
É uma gravação ao vivo, com as naturais e habituais deficiências, mas quase nos esquecemos delas, perante a qualidade das vozes, o cunho interpretativo, o simbolismo histórico, a possibilidade de, 57 anos volvidos, ter oportunidade de ouvir estes cantores de excepção.
Gabriele Santini dirige a Orquestra e Coro do “S.Carlo” de Nápoles.
sábado, 13 de junho de 2009
terça-feira, 9 de junho de 2009
Ópera Portuguesa
Uma gravação de uma ópera portuguesa, com cantores portugueses.
Porque é raro, saúda-se.
“Le Donne Cambiate” é uma excelente oportunidade para ouvir Ana Paula Russo, Ana Ferraz, Jorge Vaz de Carvalho, Luís Rodrigues, Alberto Lobo da Silva e Nuno de Villalonga, em interpretações de excelente nível, regidos pelo Maestro Álvaro Cassuto à frente da “City of London Sinfonia”.
A ópera é de Marcos Portugal (1762-1830), e a gravação é de 2000.
Curiosamente, comprei-a há anos em Londres, e não sei se estará disponível em Portugal…triste ironia.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Don Giovanni
“Já há muito que melómanos e profissionais exigiam aquilo que brilhou com força na última representação do “D.Giovanni” – a capacidade de produzir, com qualidade digna de ser ouvida em qualquer teatro da Europa (ou dos Estados Unidos), uma obra-prima do teatro lírico (neste caso um autor tão genial e complexo como Mozart) com um elenco confiado nas máximas figuras a cantores portugueses”…
…”estão de parabéns Sílvia Mateus (que voz, que saber!), um José Fardilha em constante “crescendo” (ambos aplaudidos em cena aberta!), Ana Ferraz, “Zerlina” saborosíssima, em contraponto com aflições de um engraçado “Masetto” (Luís Rodrigues), Elisabeth Matos (grande revelação) e os habituais primores da presença vocal e histriónica de Vaz de Carvalho, no desempenho do protagonista”.
Passou uma década.
E perante novo “Don Giovanni” no São Carlos, onde a única presença portuguesa é Carla Caramujo em “Donna Anna”, questiono se houve progresso…ou bem pelo contrário…
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Thomas Hampson
Thomas Hampson “explicou” a razão, se é que precisava, pela qual é considerado um dos grandes barítonos da Ópera.
Voz segura, perfeita adequação a cada tema, demonstrando uma capacidade de representação notável.
E ainda um pequeno (grande) pormenor: pedir desculpa por ter cancelado um recital há tempos atrás….revela a humildade de um grande cantor.
E Senhor.
A temporada de Canto na Gulbenkian fechou com “chave de ouro”.
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Foi pena!
Malcolm Martineau no piano.
“A mélodie française no virar do século”.
Bizet, Fauré, Gounod, Lalo, Saint-Saens, Chabrier, Debussy, Ravel. E outros.
Ou seja, grande expectativa.
Grande Auditório da Gulbenkian muito bem composto, o que raramente tem acontecido ao longo da temporada.
Susan Graham não esteve ao seu melhor nível.
Algumas falhas bem perceptíveis, e indisfarçáveis, teriam sido suficientes para uma pateada, se de outra qualquer cantora se tratasse. Mas Graham é reconhecida como um excepcional “mezzo”, interpreta com grande capacidade cénica, irradia simpatia.
Problemas evidentes com a garganta, talvez porque Lisboa não esteja com a temperatura que é habitual em Maio.
Mesmo assim, bem em grande parte do espectáculo.
Quem não falhou uma nota foi Martineau, que a assistência já conhece há muito tempo, e que não deixou os seus créditos, e muitos são, em mãos alheias. Um grande pianista!
E o programa foi excelentemente seleccionado.
Esperamos pela próxima oportunidade de ver Susan Graham em plena capacidade.
O que não aconteceu desta vez.
Os aplausos foram mais para a carreira, não para o espectáculo em si.
Na minha opinião.
domingo, 24 de maio de 2009
Carlos Fonseca
E, embora garoto, gostava daquela voz de baixo quase “profondo”, a lembrar aquela que mais tarde “descobri” em gravações, a do fantástico Tancredi Pasero.
Carlos Fonseca nasceu em Lagos, em 1930.
Muito novo ingressou no coro de S.Carlos, mas é no início dos anos 60 que integra a saudosa “Companhia Portuguesa de Ópera”, e aí inicia uma brilhante carreira, notabilizando-se nos anos seguintes em “D.Basilio” do “Barbeiro de Sevilha” e”Colline” da “Bohème”. Ainda hoje alguns recordarão igualmente o seu “Sparafucile” do “Rigoletto”.
Mas seria só em 1967 que teria oportunidade de um papel principal, no “Don Pasquale”, com Zuleica Saque, Armando Guerreiro e Hugo Casaes.
No “Actualidades” de 13 de Maio desse ano, escrevia Judith Lupi Freire:
“Carlos Fonseca apresentou-se pela primeira vez num papel principal e de muita dificuldade vocal e cénica. E a sua estreia foi espectacular: que densidade e que inflexão de voz! Que segurança e exactidão nos movimentos! Que detalhes vocais e cénicos tão psicológicos e sugestivos! Portou-se como um artista completo e isto numa estreia é excepcional!”
E assim continuou.
Na década de 70 fez parte da esmagadora maioria dos elencos de S.Carlos, sempre seguro e profissional.
Deixou de cantar em 1983.
(Fonte : Mário Moreau, “Cantores de Ópera Portugueses”, Terceiro Volume.)