quarta-feira, 24 de janeiro de 2007
Cecilia Bartoli
O grande “mezzo” italiano Cecilia Bartoli não pára de surpreender todos os melómanos. Senhora de uma voz poderosíssima, e simultaneamente com agudos extraordinários e pouco próprios naquele naipe de cantoras, de há muito que Bartoli enveredou por um reportório afastado dos grandes e conhecidos clássicos, por entender que a sua voz se adapta na perfeição a alguns compositores, e também para mostrar ao mundo lírico, obras até aqui quase esquecidas.
Chegou agora a vez de “Semele”, de Handel, em Zurique.
E para ajudar à expectativa, a encenação está a cargo de Carsen, o mesmo que escandalizou muito recentemente a direcção do Scala, com o seu “Candide” de Bernstein.
Bartoli canta, pela primeira vez, numa língua diferente do italiano, e, como é sabido, o papel de Semele destina-se a um soprano. Só uma grande cantora poderia aceitar um desafio destes. Mas como a sua dicção inglesa é perfeita, Bartoli nem pensou duas vezes.
A actuação foi, segundo vários críticos, “espantosa”.
Tocou a Orquestra Barroca de Zurique, que justifica a sua existência tal a quantidade de óperas desse período que a cidade suiça leva à cena, dirigida por William Christie, e à excepção de Charles Workman (“Júpiter”), todos os outros cantores faziam a sua estreia nos respectivos papéis. “Juno”, a rival de “Semele”, foi cantada pelo mezzo Birgit Remmert, que não está ao nível de Bartoli. Isabel Rey, como “Iris”, esteve muito convincente.
Tal como tem acontecido com muitas interpretações de Cecília Bartoli, é natural que daqui a uns meses, apareça o dvd com esta gravação.
Que seja rápido!
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3 comentários:
Parabéns , José !
Seu blog está excelente!
José Carlos Neves Lopes
Ao pé do seu, é blog de aprendiz.
Mas obrigado pelas suas amáveis palavras.
adoro cecilia bartolli.
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