domingo, 21 de janeiro de 2007

Ricardo Muti


Ricardo Muti abandonou o Scala em 2005, descontente com as condições de trabalho, e a verdade é que este Teatro nunca mais voltou ao esplendor que conheceu com o grande maestro italiano.
Mas quem pensou que seria o fim da brilhante carreira de Muti, enganou-se.
Este mês, dirigirá a New York Philharmonic em dois concertos, o primeiro dos quais teve lugar esta semana.
E logo com o Concerto para Violino de Tchaikovsky.
Foi solista Vadim Repin.
Nascido em 1971 na Sibéria, Repin não esconde a sua “alma” russa na maneira como aborda a execução. Vigor e simultaneamente “doçura”. E Muti soube entender estas características, levando a categorizada orquestra a um acompanhamento ao nível do executante.
Depois foi a vez de Scriabin, e a sua Sinfonia nº3, o “Poema Divino”, uma peça longa e difícil com quase uma hora de duração.
Muti esteve aqui ao seu melhor nível, suavizando as partes mais “agrestes” da Sinfonia, não deixando o público sentir o quase cansaço que esta obra tem provocado amiúde.
O Lincoln Center conheceu uma noite de fortes aplausos. E justos.

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