Não escapando à regra actual, o “La Fenice” em Veneza viu fugir muitos dos seus “mecenas”, e com eles a capacidade de produção que o tornou uma das “legendas” no panorama lírico internacional.
A tal ponto, que até há bem pouco tempo, não tinha nem director artístico nem director musical.
Tudo isto vai ser alterado, felizmente, muito em breve, com as nomeações do veterano maestro Eliahu Inbal para director musical e de Fortunato Ortombina, presentemente a trabalhar no “La Scala”, para director artístico
A par disto, esta semana o “La Fenice” apresentou “Il Crociato in Egitto”, a mais famosa das seis óperas que Meyerbeer escreveu para Itália nos primeiros anos da sua carreira.
Longe do sucesso das óperas que escreveu em Paris (“Les Huguenots” e “Le Prophète”), “Il Crociato” demonstra bem que o compositor já em Itália mostrava os seus altos dotes musicais, influenciados por Rossini.
O elenco de cantores não é de primeira água, reflectindo as dificuldades financeiras que o Teatro atravessou.
Mesmo assim, Patrizia Ciofi, Laura Polverelli, Fernando Portari e Marco Vinco, não sendo magníficos, nem deslumbrando, cumpriram aceitavelmente os seus papéis.
E muitas óperas estão já anunciadas para o “La Fenice” em 2007.
Esperamos que seja um regresso em força.
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