Posso estar enganado, mas penso que durante muitos anos, se pedissem numa qualquer rua portuguesa, a um qualquer cidadão, para referir um nome de um cantor lírico português, a resposta seria claramente Álvaro Malta.
Não porque o tivessem ouvido no Trindade, no São Carlos ou no Coliseu, mas porque era algumas vezes convidado pela RTP para comentar este ou aquele esporádico assunto relacionado com Ópera. E é verdade que muito poucos cantores portugueses actuaram tantas vezes em São Carlos.
Ainda hoje muitos se recordam de Álvaro Malta (nasceu em 1931), que aos 18 anos já fazia parte do Coro do nosso Teatro lírico.
A sua primeira apresentação em público data de 1951, cantando o “Requiem” de Mozart. E ao longo da sua brilhante carreira, cantou ao lado das grandes figuras, como Corelli, Gobbi, Christoff, Gedda, Crespin, Gorr e Di Stefano.
Este baixo português, para além da voz magnífica, era um excelente actor, o que nem sempre acontece, como já vimos, mesmo em cantores de nomeada internacional.
Fez o “Barão Douphol” na célebre “La Traviata” com Maria Callas em Lisboa, em Março de 1958.
A última vez que Malta cantou em público foi em 1989, uma “Serva Padrona” com Elsa Saque e Vasco Gil.
Quase 40 anos de Ópera.
Julgo que o lugar, ou vazio, que deixou, nunca foi preenchido.
Não porque o tivessem ouvido no Trindade, no São Carlos ou no Coliseu, mas porque era algumas vezes convidado pela RTP para comentar este ou aquele esporádico assunto relacionado com Ópera. E é verdade que muito poucos cantores portugueses actuaram tantas vezes em São Carlos.
Ainda hoje muitos se recordam de Álvaro Malta (nasceu em 1931), que aos 18 anos já fazia parte do Coro do nosso Teatro lírico.
A sua primeira apresentação em público data de 1951, cantando o “Requiem” de Mozart. E ao longo da sua brilhante carreira, cantou ao lado das grandes figuras, como Corelli, Gobbi, Christoff, Gedda, Crespin, Gorr e Di Stefano.
Este baixo português, para além da voz magnífica, era um excelente actor, o que nem sempre acontece, como já vimos, mesmo em cantores de nomeada internacional.
Fez o “Barão Douphol” na célebre “La Traviata” com Maria Callas em Lisboa, em Março de 1958.
A última vez que Malta cantou em público foi em 1989, uma “Serva Padrona” com Elsa Saque e Vasco Gil.
Quase 40 anos de Ópera.
Julgo que o lugar, ou vazio, que deixou, nunca foi preenchido.
3 comentários:
Bravo pela escolha feita! Sem dúvida que hoje ainda não existe um sucessor do grande cantor e artista que foi Álvaro Malta. E não esqueçamos a sua actividade médica, embora não seja aqui o lugar para falar desse ofício. Este cantor deveria ser chamado a ouvir jovens cantores e a aconselhá.los em escolha de repertório e interpretação. Deveria existir um Organismo onde os Cantores Portugueses que fizeram carreira no Trindade e no São Carlos pudessem dar a conhecer e ajudar quem está a começar, pois muitos dos jovens pensam já saber muito em 5 ou 6 anos de carreira...Quão enganados estão!!
Creio que ganhou o Prémio Tomás Alcaide - 1973, pela sua excelente interpretação no D. Quixote.
O meu querido amigo Luis França fez também um notável Sancho Pança.
Sancho Pancho.
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