Recebi de um jovem apreciador de Ópera, um mail em que pedia a minha opinião sobre uma récita que o São Carlos vai produzir em breve, do “Rigoletto”. Está na dúvida se deve ou não ir.
Fiquei a pensar no pedido e na resposta que lhe dei.
Se o que pretendo, modestamente, com este blogue é divulgar a Ópera para todos, mas principalmente para os que a desconhecem por completo, e muitos são, nomeadamente os jovens, apeteceu-me responder, de imediato, “vá!”.
Se um jovem manifesta interesse pela Ópera, a ponto de estar informado sobre a programação do único teatro lírico desta cidade, onde a oferta cultural é imensa e multifacetada, mal parecia não lhe responder, de imediato, “vá!”,
Se eu sei que assistir ao vivo a uma Ópera é completamente diferente de ouvir num cd ou dvd, ou simplesmente na rádio, e que as oportunidades de o fazer, mesmo nesta cidade, são raras, ter-lhe-ia incutido, sem hesitações, o propósito de “ir”.
Não sei se ele seguirá ou não o meu conselho.
Mas a minha resposta foi “não vá”.
“Rigoletto” foi a primeira ópera gravada que tive, em LP, com um elenco de luxo de que faziam parte Ettore Bastianini, Renata Scotto, Alfredo Kraus e Fiorenza Cossotto.
Foi fácil apaixonar-me por esta obra.
Tinha 12 anos.
E foi igualmente o melhor caminho para me iniciar nas lides líricas, pois a partir daí fui aumentando a minha colecção, com Verdi muito bem representado.
Ao ler o mail deste jovem, pensei nisso.
Esta ópera tem árias espectaculares, que facilmente entram no ouvido, mesmo de um leigo, o que me parece, nem ser o caso em apreciação. É difícil não gostar de um “Rigoletto”.
Mas… os muitos anos que já percorri, de atenção ao que se vai passando nesta área, levaram-me, mesmo em frente às bilheteiras do São Carlos, a não comprar o meu bilhete.
Achei os elencos fracos. Fraquíssimos.
E leram bem, elencos, pois cada personagem tem dois cantores programados, um para a estreia e outro…para o resto. O que, sendo normal em teatros de Ópera, é neste caso muito preocupante, porque se nem as “primeiras” figuras o são…as “segundas” levantam sérias interrogações…
Sugeri-lhe antes um dvd.
Terei feito bem?
Em consciência, fiz.
Fiquei a pensar no pedido e na resposta que lhe dei.
Se o que pretendo, modestamente, com este blogue é divulgar a Ópera para todos, mas principalmente para os que a desconhecem por completo, e muitos são, nomeadamente os jovens, apeteceu-me responder, de imediato, “vá!”.
Se um jovem manifesta interesse pela Ópera, a ponto de estar informado sobre a programação do único teatro lírico desta cidade, onde a oferta cultural é imensa e multifacetada, mal parecia não lhe responder, de imediato, “vá!”,
Se eu sei que assistir ao vivo a uma Ópera é completamente diferente de ouvir num cd ou dvd, ou simplesmente na rádio, e que as oportunidades de o fazer, mesmo nesta cidade, são raras, ter-lhe-ia incutido, sem hesitações, o propósito de “ir”.
Não sei se ele seguirá ou não o meu conselho.
Mas a minha resposta foi “não vá”.
“Rigoletto” foi a primeira ópera gravada que tive, em LP, com um elenco de luxo de que faziam parte Ettore Bastianini, Renata Scotto, Alfredo Kraus e Fiorenza Cossotto.
Foi fácil apaixonar-me por esta obra.
Tinha 12 anos.
E foi igualmente o melhor caminho para me iniciar nas lides líricas, pois a partir daí fui aumentando a minha colecção, com Verdi muito bem representado.
Ao ler o mail deste jovem, pensei nisso.
Esta ópera tem árias espectaculares, que facilmente entram no ouvido, mesmo de um leigo, o que me parece, nem ser o caso em apreciação. É difícil não gostar de um “Rigoletto”.
Mas… os muitos anos que já percorri, de atenção ao que se vai passando nesta área, levaram-me, mesmo em frente às bilheteiras do São Carlos, a não comprar o meu bilhete.
Achei os elencos fracos. Fraquíssimos.
E leram bem, elencos, pois cada personagem tem dois cantores programados, um para a estreia e outro…para o resto. O que, sendo normal em teatros de Ópera, é neste caso muito preocupante, porque se nem as “primeiras” figuras o são…as “segundas” levantam sérias interrogações…
Sugeri-lhe antes um dvd.
Terei feito bem?
Em consciência, fiz.
3 comentários:
Vou seguir o seu conselho. Não vou!
Prefiro nesta fase investir em aumentar a minha colecção de óperas. Ainda há poucos dias, embora já tivesse a Butterfly de Freni/Pavarotti/Karajan, comprei a gravação de Tebaldi/Bergonzi/Serafin e posso dizer que dei o meu dinheiro por MUITO bem gasto.
Sei que lhe custou dizer-me para não ir. Também me custa ter esta decisão, mas prefiro assim a ficar fortemente desiludido.
Infelizmente não tenho, nem terei, a sorte de poder assistir ao vivo, como a minha mãe, a encenações com a Tebaldi, Kraus, Bergonzi, Caballe, etc... na minha cidade no grande São Carlos. Contento-me com as gravações.
eu acho que sempre vale a experiência. concordo plenamente que ver é bem diferente do que ver em DVD ou ouvir, mesmo que a produção não seja das melhores. beijos, pedrita
Pois, eu concordo com a Pedrita...
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