segunda-feira, 5 de maio de 2008

As Óperas de Wagner (7)

Com “O Crepúsculo dos Deuses” termina o “Anel”.
Wagner começou a sua composição em 1870 e terminou-a quatro anos depois, estreando em Bayreuth em 1876.
É curioso notar que nesta ópera podemos encontrar o Wagner dos primeiros tempos e o da fase mais madura e “revolucionária”, o que não espanta, se pensarmos que muito para além dos anos que levou a compô-la, Wagner amadureceu-a bem antes de a ter passado à pauta.
Ópera longa (mais de quatro horas), nem sempre foi bem aceite, mesmo entre outros grandes compositores, como Tchaikovsky, que afirmou o seguinte: “com os últimos acordes, senti como se estivesse a ser libertado da prisão”. Opiniões.
O “Anel” é um monumento capital da cultura europeia. O pensamento e a música da segunda metade do século dezanove receberam um novo impulso com esta grandiosa epopeia. É um tecido musical sem interrupções, mas sempre com uma carga dramática intensa.
Não refiro qualquer gravação em especial, porque já chamei a atenção para elas nos comentários às óperas anteriores do “Anel”.
Ouçamos a grande Birgit Nilsson.


1 comentário:

teresamaremar disse...

O Festspielhaus democratiza e introduz o respeito, acabando com as conversas, a circulação a meio do espectáculo, a gritaria e manifestações gratuitas. O palco de Wagner é, num mesmo tempo, um teatro de igualdade (pois acaba com os camarotes privilegiados), e a sacralização do espectáculo, para a qual tudo concorre, da sala que escurece (de modo a que a atenção se fixe no palco, outra inovação), ao fosso para a orquestra (que contribui para o som sagrado, como que vindo do Além).
Talvez o triunfo de Wagner se deva a ele mesmo ser “total”, encarregando-se de todos os aspectos, do libreto à música, orquestração e criação do lugar para.

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