domingo, 12 de agosto de 2007

Shirley Verrett


Um “mezzo” que também é soprano.
Desde 1957, ano em que se estreou na “Lucrezia” até aos anos 70, Verrett só interpretou papéis de mezzo, e fê-lo com uma categoria excepcional. Ficaram célebres a sua “Carmen”, a sua “Ulrica”, “Amneris” e “Azucena”, que cantou nos grandes palcos da Europa e dos Estados Unidos. E perante o espanto generalizado, começa a cantar como soprano em 1972, com Selika de “L’ Africaine”, a que se seguiram os grandes papéis da “Tosca”, “Norma”, “Aida” e muitos outros.
As opiniões dividem-se, pessoalmente prefiro-a como “mezzo”, mas há quem não concorde.
Shirley Verrett.
Uma cantora que aproveitou a sua fama para defender as causas em que acredita. Foi rejeitada pela Orquestra de Houston, logo no início da sua carreira, porque a direcção da Orquestra recusou uma negra para solista, e desde então fez do anti-racismo uma bandeira de luta, de que não abdica.
Recomendo a leitura do seu livro autobiográfico “I Never Walked Alone”.
Shirley Verrett.
Uma cantora com convicções.

1 comentário:

Anónimo disse...

A gravação de Macbeth com Piero Capucilli, Ghiaurov e Verret da Deutsch Grampphon é simplesmente soberba

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