Há muitos anos, ao visitar em Salzburgo a casa de Mozart, deparei com um quadro retratando um cantor português, Francisco de Andrade.
Com curiosidade, perguntei ao guia a razão pela qual um cantor português figurava ali, e a resposta foi simples:
“Foi considerado, na sua época, o melhor “D.João” a nível mundial”.
Francisco Augusto de Andrade e Silva nasceu em Lisboa em 1856, e com 25 anos decide estudar canto em Milão, estreando-se em San Remo em 1882, no “Amonasro” da “Aida”. O sucesso foi imediato. É logo contratado para Roma, Florença e Parma. E daí para todo o mundo.
Cantou todos os grandes papéis de barítono, mas foi o “D.João”, de facto, que o eternizou. Citando, com a devida vénia, Mário Moreau:
“Francisco de Andrade tinha uma interpretação verdadeiramente ímpar, que ficou lendária e que, até aos nossos dias, talvez não tenha tido quem a igualasse”.
Dando assim razão à direcção da casa Mozart, na cidade austríaca.
Francisco de Andrade morreu em 1921.
Foi, sem dúvida, o maior cantor português, e é pena que não haja registos da sua voz, pelo menos disponíveis.
Primeira figura em todos os palcos europeus, alcançou uma projecção absolutamente notável, fruto do seu talento.
Portugal, como quase sempre acontece, esquece-o.
(Fontes: Mário Moreau – Cantores de Ópera Portugueses, primeiro volume, páginas 667 e 703)
Com curiosidade, perguntei ao guia a razão pela qual um cantor português figurava ali, e a resposta foi simples:
“Foi considerado, na sua época, o melhor “D.João” a nível mundial”.
Francisco Augusto de Andrade e Silva nasceu em Lisboa em 1856, e com 25 anos decide estudar canto em Milão, estreando-se em San Remo em 1882, no “Amonasro” da “Aida”. O sucesso foi imediato. É logo contratado para Roma, Florença e Parma. E daí para todo o mundo.
Cantou todos os grandes papéis de barítono, mas foi o “D.João”, de facto, que o eternizou. Citando, com a devida vénia, Mário Moreau:
“Francisco de Andrade tinha uma interpretação verdadeiramente ímpar, que ficou lendária e que, até aos nossos dias, talvez não tenha tido quem a igualasse”.
Dando assim razão à direcção da casa Mozart, na cidade austríaca.
Francisco de Andrade morreu em 1921.
Foi, sem dúvida, o maior cantor português, e é pena que não haja registos da sua voz, pelo menos disponíveis.
Primeira figura em todos os palcos europeus, alcançou uma projecção absolutamente notável, fruto do seu talento.
Portugal, como quase sempre acontece, esquece-o.
(Fontes: Mário Moreau – Cantores de Ópera Portugueses, primeiro volume, páginas 667 e 703)
2 comentários:
Adorávamos um dia visitar Salzburgo. Quando tal se proporcionar, será com todo o orgulho que iremos visitar esta casa e ver um português aí retratado (terá que ter sido verdadeiramente excepcional.)
Obrigada pela divulgação desta arte nobre.
Paula Nunes Lima
Em adenda: o espólio de Francisco de Andrade encontra-se na Biblioteca Nacional, devidamente acondicionado, e aguarda catalogação para poder ser disponibilizado ao público.
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