quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Tomaz Alcaide



O maior tenor português de todos os tempos.
Nasceu em Estremoz em Fevereiro de 1901.
Tomaz Alcaide.
Aparece pela primeira vez em público no São Carlos, em 1923, no "Rigoletto", substituindo à última hora um “Duque” que adoecera, e fê-lo de tal maneira, que de imediato partiu para Itália.
Estreou-se oficialmente no Teatro Carcano, em Milão, em 1925, representando o papel de Maestro Guglielmo na “ Mignon” de Thomas, permitindo-lhe assim “abrir as portas” do mercado italiano, o que na época significava do mercado europeu. Em 1926 cantou novamente o Duque do “Rigoletto” ainda em Itália, mas também o “Fausto” na Suiça. E nos anos seguintes, cantou em quase todas as grandes salas.
Em 1930 estreia-se no La Scala, e em 1931 no Festival de Salzburgo.
A sua gloriosa carreira continuou por toda a Europa até 1939.
Com a Guerra, Alcaide parte para a América do Sul, triunfando sempre no Colón de Buenos Aires e no Teatro Municipal de São Paulo.
Em 1949 regressa a Portugal com o estatuto que bem merecia, sendo-lhe confiada a direcção do Teatro da Trindade, que rivalizava com o São Carlos na qualidade da oferta lírica ao público de Lisboa.
Decidiu retirar-se dos palcos em 1952.

Tomaz Alcaide está, como quase sempre acontece aos “grandes” em Portugal, muito esquecido. Para além da estátua e de um centro cultural na sua terra natal, e de uma rua com o seu nome em Évora, pouco mais se fez em homenagem a este enorme cantor.
Lembram-se de algum outro cantor de ópera português que cante, hoje em dia, no Scala, em Salzburgo ou no Colón?
Pois…
O grande tenor morreu em 1967, em Lisboa.

4 comentários:

maria josé quintela disse...

Um blog para aprender... onde voltarei certamente.

Obrigada pelas palavras que vai deixando nolugardemim.

Anónimo disse...

Continuas a ser o orgulho de todos os Estremocenses

Alberto Velez Grilo disse...

Eu cresci muito perto de Estremoz e o nome Tomaz Alcaide sempre esteve muito presente na minha vida.

Claro que estamos a falar de cultura. De ópera, neste caso, o que, obviamente, não interessa a ninguém.

Anónimo disse...

Vi sono molto grato per avermi fatto conoscere questo grande artista lusitano! Vi ringrazio molto! Ad un primo ascolto, la sua capacità di "filare" la nota, mi aveva fatto pensare a MIguel Fleta! Obrigado!
stefano

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