quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Renata Scotto


A primeira ópera que tive, ainda no tempo dos LP’s, foi o “Rigoletto” com Alfredo Kraus, Renata Scotto e Ettore Bastianini (já existe em cd). Um elenco de luxo.
Estávamos em 1966. Eu tinha 12 anos.
Ouvi-a tantas, mas tantas vezes, que pouco tempo depois sabia a ópera de cor.
E evidentemente que estes três cantores abriram, com lugar de destaque, a galeria dos meus preferidos, a qual foi engrossando com o decorrer dos anos.
Hoje vou lembrar Renata Scotto, a “piccola Renata”, como sempre foi considerada em Itália, por fazerem a comparação com a outra Renata (Tebaldi), considerada a “grande”.
Mesmo “pequena”, Scotto foi uma enorme cantora.
Soprano de grande capacidade e técnica vocal, era também uma excelente actriz, vivendo intensamente os seus papéis, e foram muitos.
Percorreu os universos de Bellini, Verdi, Puccini, Cilea, Giordano, e Donizetti, com uma invulgar capacidade de adaptação às suas características intrínsecas. Interpretou mais de 45 papéis, desde o início dos anos 50.
É agora uma apreciada professora de canto.
Com 73 anos, Renata Scotto tenta transmitir, às gerações mais novas, o muito que sabe, e que as gravações existentes, e muitas são, nos permitem não só recordar mas guardar para a posteridade.
Oxalá seja bem sucedida!

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