domingo, 25 de fevereiro de 2007

Flórez



Não é vulgar, diria mesmo que é raríssimo, um cantor bisar uma ária em qualquer ópera.
Os aplausos podem durar minutos, tudo pára, mas a ópera prossegue como se não tivesse havido qualquer interrupção.
Que me lembre, nas últimas quatro décadas, só Franco Bonisolli, um tenor que não entra nos meus favoritos, bisou o “Di Quella Pira” do Trovador.
Mas aconteceu novamente.
Juan Diego Flórez, de que já aqui falei por o seu timbre de voz ser semelhante, em alguns aspectos, a Alfredo Kraus, bisou “Ah, mes amis” da “Filha do Regimento”.
E pasme-se, no Scala!
É um feito que não está ao alcance de qualquer um, e o espanto é maior quando se trata de um jovem tenor de apenas 34 anos.
A sua carreira será certamente brilhante, e este “feito” ficará nela, para sempre, marcado.

18 comentários:

Anónimo disse...

Já se deu conta que o seu português é péssimo. Para quem escreve ? Para criancinhas ou para "tontinhos" ? Ou será este blogue um exercício nascísico ?
Carlos Alves

Anónimo disse...

Caro anónimo Senhor Alves

Peço-lhe imensa desculpa se o meu português lhe desagrada e é péssimo. Não era minha intenção inicial escrever para "criancinhas" ou para "tontinhos", muito menos um exercício "nascísico". Mas como, pelo seu comentário, descobri que pelo menos para "tontinhos" estava a escrever, fico orgulhoso de este blogue poder ter alguma utilidade.
Continuarei assim a escrever do mesmo modo, e o caro anónimo Alves tem uma solução óptima para não agravar os seus achaques : não mais aqui voltar.
Até porque, em boa verdade, não faz cá falta nenhuma.

Anónimo disse...

Sabe que você escreve muito melhor quando se defende ? Que diferença entre este seu comentário e o que escreveu sobre o Florez e pricipalmente sobre a "Voz de Anjo" e o Karajan.
Carlos Alves

Anónimo disse...

Está duplamente enganado:
Não escrevi para me defender porque não me ofende quem quer; e escrevi com a consciência tranquila de não incomodar ninguém.
Ainda uma sugestão: desapareça deste blogue. Seria um grande favor.

teresamaremar disse...

José Quintela Soares,

sem pretender acudir em sua defesa, porque o senhor nem necessita, mas sendo professora de português, visitante deste espaço, e assistindo ao trocadilho, peço que me perdoe mas não consigo conter-me de questionar o senhor "Carlos Alves", tão acérrimo defensor do bom português, quanto às razões que o levaram a

. ignorar a interrogação no primeiro parágrafo do seu primeiro comentário

"Já se deu conta que o seu português é péssimo." (sic)


. não reler o seu segundo comentário, antes de proceder ao seu envio, promovendo a síncope do “n” em “pricipalmente” (sic)


. esquecer, igualmente, que frases como

“Que diferença entre este seu comentário e o que escreveu sobre o Florez e pricipalmente sobre a "Voz de Anjo" e o Karajan.” (sic)

porque exclamativas, devem ser concluídas com o respectivo ponto de exclamação (!)


Emoção em excesso quiçá...


Por outro lado, Carlos Alves, sem qualquer outro dado, é algo como Maria, Adelaide, António ou Joaquim..., não é?! Não me parece, de per si, identificar alguém, o que já diz da ausência de bom tom e da boa fé do dito senhor.


cumprimentos

MCA disse...

Escuso-me de comentar o tema "em debate". Venho comentar o post. A semelhança entre as vozes de Florez e de Kraus (que eu ainda não tinha notado, confesso) mas não será por acaso que este jovem tenor é o meu favorito da nova geração.
Quanto aos comentários, «os cães ladram e a caravana passa»...
Continue com o seu blogue que eu estou a gostar.

MCA disse...

Ah, e obrigada pela ligação.

Anónimo disse...

Para a professora de português Teresamaremar,

Isto de ser professor de português é, na verdade, uma profissão frustrante, dados os lindos alunos que temos no nosso país. Falam-se de muitas causas e entre elas da ignorância dos professores. Mas eu não vou tão longe e só falarei das asneiras dos professores, fenómeno bem evidenciado na sua "erudita" intervenção . É pena não distinguir uma gralha de um erro, mas é grave dizer um erro: a síncope do "n". Um bocado de fonética e de latim faz-lhe falta.
Este "n" não grafa nenhuma articulação consonântica, mas sim uma nasalação, pelo que o fenómeno da síncope do "n", tão comum na evolução da língua portuguesa, nunca poderia acontecer neste caso. A única coisa possível seria uma desnasalação, mas não é o caso, pois trata-se de uma gralha tipográfica, como o são a falta do ponto de interrogação.
Carlos Alves

Anónimo disse...

Ao senhor Quintela Soares,
Eu sei que a minha abordagem é antipática, mas foi a primeira vez que vi este blogue com vida. Não desapareço, porque essa é a liberdade dos blogues e a minha intervenção vai ser seguramente positiva.
Carlos Alves

MCA disse...

Não sei o que é que o Sr. Carlos Alves entende por um blogue «com vida» mas é um entendimento bastante diferente do meu. Um blogue tem vida quando as pessoas debatem o seu conteúdo, de forma construtiva, trocando ideias, discordando e argumentando com inteligência. Intervenções agressivas, disparatadas, depreciativas e mesmo provocadoras, desprovidas de qualquer conteúdo, não dão vida a um blogue. Podem mesmo desmobilizar os seus habituais visitantes. O Sr. Carlos Alves, ou é um complexado que precisa de chamar a atenção («exercício narcísico», talvez...) ou conhece o autor deste blogue e embirra com ele. Pela parte que me toca, como não conheço um nem outro, tomo partido pela boa educação.

Anónimo disse...

MCA fale um pouco de ópera, OK?
Addio senza rancore (Puccini, Boémia)
C.A.

MCA disse...

Idem.

teresamaremar disse...

O sr. Carlos Alves procura a discussão (conflituosa), porventura exercitar os seus neurónios, mas nem aqui é o lugar nem contribuir para tal me apetece.
Há quem não tenha livros para ler nem música para ouvir. Digamos que o tempo lhe sobra e o senhor, não sabendo o que fazer com ele, faltando-lhe as devidas perícia e mestria para o gerir, aqui se insufla como se abonasse este espaço de mais valias.
"Deletar" este ora-dizes-tu/ora-digo-eu seria uma boa decisão para que o lugar continue nobre e digno.
Quanto a esta questão passarei a estado omisso, o que deveria ter feito já, mas é, por vezes, difícil conter esta essência do feminino.
Peço desculpa ao autor do blog e demais visitantes.

MCA disse...

JQS
Mais Kraus para ouvir n'A biblioteca de Jacinto.

Teresa disse...

Estou a gostar da discussão, apesar de não se referir ao tema do post. Acrescenta algum sal.

Sou maníaca do bem escrever português e sei distinguir muito bem um erro de uma mera gralha. O blog Em Português Correcto registava as formas verbais tivémos e obtivémos no post de 8 de Janeiro. Como até nem sou má rapariga, em vez de expor a autora ao vexame de ser corrigida publicamente num comentário, enviei-lhe uma mensagem bastante diplomática, atribuindo a asneira a um lapso. Mas fiquei a rir por dentro.

Flórez! Que voz linda! Vi-o em S. Carlos, julgo que há uns quatro anos. E eu, que nem gosto do Ah Mes Amis, fiquei electrizada com o brilho da interpretação dele.

teresamaremar disse...

O meu estado omisso, nesta página, estaria para durar, ad infinitum.

Porém, como o interlocutor mudou,

porque os silêncios não parecem ser um dizer

(ou neles há quem não saiba ler),

pertinente se torna que o indizível

(que deveria haver sido entendível)
ganhe voz e se faça.



A escrita foi-me
(o pronome reflexo é intencional),

desde sempre, um prazer

e a minha actividade profissional tem dado o seu contributo, pelo que o escrever se tornou mais esmerado, acuidado (e até floreado) com o passar dos anos,

que são já bastantes.


Permito-me, inclusivé, jogar com as palavras,
adjectivar quando tal não seria suposto,
deixar que os neologismos se arrisquem,

ganhem vida.


(o "se" é também intencional,

o "arrisquem"... quanto atrevimento!

desadequado face ao contexto, presumo?)

Inovar, criar, construir.
Porque só assim se avança. Em tudo. E se faz vida.



Não fazendo da modéstia um dos meus defeitos, escrever é "coisa" que há muito faço,

e faço bem.

(hummm "coisa"... pois, mas é que é coisa mesmo que quero dizer,

porque devaneio,

porque temos o poder de enobrecer as pequenas... "coisas"


ao nosso sabor,

assim nos sobre a vontade)


Evidente será, então, que a autora das pretensas confusão e ignorância

sabe bem distinguir gralha de erro.

Porém,

o facto de gralha ser

(esta inversão deve parecer algo vanguardista)

não invalida que, no texto, se apresentasse como erro ortográfico.


E sendo o senhor Carlos Alves tão feroz na sua crítica,

em nome do bem parecer

a distracção e o erro eram-lhe interditos.

Et voilà!



O purismo...


(passível de discussão, quiçá)
mas não aqui, 'tá?

presumo que, também, não agradará o visual da minha escrita,


:) são estares...


de quem está de bem com a vida.



Que tenham um bom dia,

para que os (sor)risos venham de dentro e se atrevam por fora

teresamaremar disse...

José Quintela Soares

deverei pedir-lhe desculpa?
(é a sua casa que assim se invade)

opto por desejar que sorria,

somente.


Um abraço.

Anónimo disse...

Hídrica Teresa,
Vou-me embora, para sempre (Lá estou eu a plagiar), mas acho que devia pedir mais desculpas ao proprietário deste blogue. Não é só o facto de colocar algo estranho neste espaço, é também o que coloca.
E agora vou devorar o pequeno-almoço.
Carlos, o Feroz (Carolensis ferox Lineu)

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