Não tem a fama dos “3 tenores”, nem beneficiou da oportunidade que esses tiveram de encantar o grande público a partir de 1990, pois nessa altura já tinha ultrapassado os 60 anos, e não estava no seu apogeu. Na verdade, a Ópera “abriu” as portas para as multidões, nesses concertos.
Alfredo Kraus foi, no entanto, um tenor excepcional, com um timbre muito próprio, que hoje, a espaços, Juan Diego Flórez nos faz recordar.
Nascido em Las Palmas em 1927, estreia-se no Cairo, em 1956, interpretando o “Duque de Mântua” do “Rigoletto”, papel que o viria muito justamente a impor no meio lírico. Logo no ano seguinte aparece no “Alfredo” da “Traviata”, que cantará em 1958, ao lado de Callas, no S.Carlos. É aqui que se inicia o sucesso, e Kraus nunca o esqueceu, vindo inúmeras vezes a Lisboa cantar, na época em que era primeira figura em qualquer palco do mundo. Lembro-me perfeitamente de o ver num “Trovador” excepcional com Fiorenza Cossotto, em 1973, e num “Werther” impressionante ao lado de Ileana Cotrubas.
Estreou-se no Scala em 1960, no “Elvino” da Sonâmbula.
Para mim, ninguém cantou melhor o "Duque" do Rigoletto, o “Werther”, e o “Edgardo” da “Lucia”.
Como já disse num post anterior, foi o primeiro tenor que “conheci”, num velhinho LP, no “Rigoletto” com Scotto e Bastianini.
Fará sempre parte da minha lista de eleitos.
Da minha e na de muitos.
Alfredo Kraus foi, no entanto, um tenor excepcional, com um timbre muito próprio, que hoje, a espaços, Juan Diego Flórez nos faz recordar.
Nascido em Las Palmas em 1927, estreia-se no Cairo, em 1956, interpretando o “Duque de Mântua” do “Rigoletto”, papel que o viria muito justamente a impor no meio lírico. Logo no ano seguinte aparece no “Alfredo” da “Traviata”, que cantará em 1958, ao lado de Callas, no S.Carlos. É aqui que se inicia o sucesso, e Kraus nunca o esqueceu, vindo inúmeras vezes a Lisboa cantar, na época em que era primeira figura em qualquer palco do mundo. Lembro-me perfeitamente de o ver num “Trovador” excepcional com Fiorenza Cossotto, em 1973, e num “Werther” impressionante ao lado de Ileana Cotrubas.
Estreou-se no Scala em 1960, no “Elvino” da Sonâmbula.
Para mim, ninguém cantou melhor o "Duque" do Rigoletto, o “Werther”, e o “Edgardo” da “Lucia”.
Como já disse num post anterior, foi o primeiro tenor que “conheci”, num velhinho LP, no “Rigoletto” com Scotto e Bastianini.
Fará sempre parte da minha lista de eleitos.
Da minha e na de muitos.
12 comentários:
Para mim, é muito melhor do que qualquer dos "três tenores". E a actuação no São Carlos seria decisiva. Pus no meu meu blogue "A biblioteca de Jacinto" um post com música dessa récita (Callas, na ária "Addio del passato") e vou por também o Krauss, num dos próximos posts. Voltarei aqui.
O Kraus no Trovador ! Onde ? Homem, você diz cada asneira ! É necessário avisar o pessoal que você tem o ficheiro todo baralhado. Pergunte a alguém que conheça minimamente ópera se o Kraus tem voz para cantar o Trovador.
Ó MCA, o que é que acha do Kraus poder cantar o Manrico ?
C.A.
Sabe o que é que a MCA lhe responde? Está aqui: Kraus cantando no Trovador. Opss! Azar! Hoje em dia está tudo na net!
Parece-me, de facto, que há quem tenha o "ficheiro todo baralhado"...mas não sou eu...
Obrigado mca pelo "esclarecimento" a muito "entendido" crítico da nossa praça...
Só mais uma coisa :
É melhor "avisar o pessoal"...
O "C.A." pode dar uma ajuda preciosa...
MCA,
Um comentariozinho da interpretação, não vai ? Só dizer "Aqui" e passar para o Youtube ?
Para já, cantar uma ária não significa cantar uma ópera e ao Kraus, um dos melhores tenores da sua época, falta-lhe o lado "heróico" do Manrico. Porquê não cantar também "Di quella pira" ?
C.A.
C.A.
Por respeito ao autor deste blogue, é a última vez que lhe respondo. A partir de agora, diga o que disser, seja qual for a provocação, não voltarei a responder.
Eu não tenho de comentar nada, nem de dar a minha opinião, se eu não quiser. Indiquei aquela gravação do Youtube apenas para desfazer o SEU equívoco porque parece que a única pessoa equivocada por aqui é o C.A. E como o senhor parece gostar de provocações (satisfaz-lhe o ego, imagino), pode esperar sentado por mais comentários meus aos seus despropósitos. Ah, e escusa de dizer que também não quer saber das minhas respostas. Passe bem.
JQS
Peço que me desculpe. Não alimentarei mais este tipo de discussão.
Por acaso, parece que Riccardo Muti era da opinião de que Alfredo Kraus teria sido um interessante Manrico:
http://www.grandi-tenori.com/articles/articles_dancona_manrico_01.htm
No entanto, é sabido que o próprio Kraus era muito ciente das suas limitações no que diz respeito à intepretação dessa personagem.
Já agora, infelizmente não está tudo na net: por exemplo, falta um bom site dedicado ao tenor canário. Teria dado jeito nesta conversa.
Paz e amor!
Não há tenores canários, mesmo com Paz, Amor e muitos passarinhos. De um modo semelhante ao tenor canarino (o natural das Canárias) Karl Bohm quis convencer Christa Ludwig a cantar a Brunilde da Valquíria e ela, muito sensatamente, não saiu do seu reportório.
C.A.
Obrigado pela lição grátis de português.
O mesmo fez o Kraus - muito sensatamente, não saiu do seu repertório.
E sobre o artigo, o que acha? Melhor, o que acham?
Ao anónimo anterior,
Dormi mal, talvez seja por isso que não consigo entrar no site que fez o favor de indicar. Mas também não tem importância, pois vou-me embora deste blogue onde uma MCA qualquer julgava que com um clique podia pôr em causa o que eu digo sobre ópera.
Desejo-lhe as melhores felicidades e desculpe se brinquei consigo.
C.A. (último dia)
Enviar um comentário