sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Génese de Grandes Óperas (6)


Em 1861, Verdi vivia em Turim com a mulher, Giuseppina Strepponi (foto de baixo).
Nesse ano, o director do Teatro Imperial de S.Petersburgo convidara-o a escrever uma nova ópera, e para esse efeito, o compositor recuperou uma peça que lera muito tempo antes, percorrendo as bibliotecas da cidade numa busca sem parar, com a preciosa ajuda de Giuseppina, um grande soprano da época.
Tratava-se de “Don Álvaro”, com o subtítulo de “A Força do Destino”, de Angel de Saavedra (foto de cima).
No entanto, o facto de ter aceite esta encomenda surpreendeu os seus amigos, pois pouco tempo antes afirmara-lhes que não escreveria mais nenhuma ópera, dado que as 21 da sua autoria já seriam suficientes. O futuro encarregar-se-ia de lhe mudar os propósitos, mas mesmo assim, até ao fim da sua vida, escreveria apenas mais cinco, a primeira das quais “A Força do Destino”. Na opinião de muitos, as suas melhores cinco óperas.
O libretista escolhido por Verdi foi Francesco Piave, que com ele trabalhou igualmente na “La Traviata” e no “Rigoletto”.
Estreou-se em Novembro de 1862, e registou um sucesso estrondoso. De tal maneira, que o Czar Alexandre, que assistiu à quarta récita, atribuiu a Verdi uma alta condecoração.

1 comentário:

Hugo Santos disse...

É uma das minhas favoritas de Verdi. Já perdi a conta ao número de versões que possuo.

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