terça-feira, 8 de julho de 2008

Óperas pouco ouvidas (1)


Muitos classificam-na como a ópera húngara mais importante do século XX.
“O Castelo do Barba-Azul”, de Bartok.
Ópera em 1 acto, estreou-se em Budapeste em 1918, e só muitos anos depois em Berlim (1929), Nova York (1952) e Londres (1954).
Notam-se influências claras de “Lohengrin”, no carácter reservado do protagonista, escondendo a sua vida privada, não querendo mostrá-la. Também Bartok protegia a sua intimidade, e consta que se terá inspirado num amor não correspondido para compor esta Ópera.
Um soprano e um baixo apenas, numa ópera em que o som tradicional húngaro aparece quase espontaneamente.
Há três gravações de referência : Christa Ludwig com Walter Berry, Troyanos com Siegmund Nimsgern e Eva Marton com Samuel Ramey.
Pessoalmente, entendo que nenhuma iguala a primeira, mas no mercado só se encontra a última, com facilidade.
Recomendo.
Neste clip vamos ter Sylvia Sass e Kováts, dirigidos por Solti.

1 comentário:

Carlos Faria disse...

Acredito que seja uma ópera pouco conhecida, até porque cantada em húngaro não ajuda... mas foi o Castelo de Barba Azul, interpretado por Christa Ludwig e Walter Berry a primeira ópera que comprei (cd)... e sempre que ali oiço os apelos de barba azul para a judite e a insistência desta naquele disco fico com arrepios... uma interpretação brilhante que me fez gostar ainda mais de Bela Bartok e me apaixonar pela obra.
O disco que recomenda prova que, apesar da dificuldade aparente da ópera, uma excelente interpretação torna tudo muito mais fácil, belo e conhecido.

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