
Continuador de Monteverdi, Francesco Cavalli (1602-1676) foi um dos que mantiveram a supremacia da ópera de Veneza, após o desaparecimento do Mestre.
Compôs muita música religiosa, a qual não chegou aos nossos dias, contrariamente às mais de 40 óperas de sua autoria, das quais há registo, representadas sobretudo no Teatro San Cassiano.
Diria que a única ópera de Cavalli que mereceu alguma atenção no século XX, foi “La Calisto” (Prólogo e 2 actos), estreada em 1651.
Deusas e ninfas na Grécia Antiga, rodeadas pela Natureza, o Destino e a Eternidade, numa ópera cuja espiritualidade é indiscutível, mas provavelmente também a base justificativa pela qual Cavalli é hoje praticamente ignorado, dado que as audiências preferem entretenimento mais “fácil”.
Apenas tenho conhecimento de uma gravação que junta Ileana Cotrubas e Janet Baker, feita no festival de Glyndebourne nos anos 60.
Ei-las: