quarta-feira, 18 de junho de 2008

Leyla Gencer

Se Callas é “La Divina”e Sutherland “La Stupenda”, Leyla Gencer é “La Regina”.
Não tendo a projecção das duas “deusas”, este soprano turco, que construiu a sua carreira em Itália, principalmente nas décadas de 50 e 60, bem merece o epíteto, pois a sua belíssima voz notabilizou-se, principalmente em óperas de Donizetti.
Estreou-se em 1950 na “Santuzza” da “Cavalleria” em Ankara, e também em Itália, onde cantou o mesmo papel em 1953, no San Carlo de Nápoles. Mas é no La Scala que fará grande parte do seu trabalho, pois lá cantou desde 1957 até 1983. Mais de vinte e cinco anos no primeiro plano lírico. Espantoso.
Pensa-se em Gencer e de imediato associamos Donizetti: Anna Bolena, Lucrezia Borgia, Belisario, Poliuto.
Quando deixou de cantar, tornou-se Directora artística da escola de Canto do La Scala, onde fez um trabalho magnífico.
O que se estranha é que tenha poucas gravações. Na verdade, para além das óperas de Donizetti, fundamentais, apenas podemos encontrar a sua voz em óperas de Bellini e Verdi. Tudo o resto são gravações episódicas.

Leyla Gencer (1928-2008).

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