Incorporado no exército alemão com apenas 18 anos, em 1943, Dietrich Fischer-Dieskau seria, pouco tempo depois, capturado pelos aliados em Itália, passando os dois anos seguintes como prisioneiro de guerra. E é nessas circunstâncias que começa a cantar Lieder para os seus companheiros de prisão.
Apesar de ter interpretado muitas Óperas, principalmente na Alemanha, mas também em outros palcos europeus, este grande barítono é um dos “ex-libris” do Lieder.
Na verdade, começando bem cedo (desde 1951) a gravar, acompanhado por virtuosos do piano como Gerald Moore, Dieskau ocupa um lugar ímpar, a tal ponto, que numa sondagem recente, levada a efeito por uma revista norte-americana, o barítono aparece no Top 10 dos melhores cantores de sempre.
Pessoalmente, gosto bem mais de o ouvir em Lieder do que em Ópera. Julgo que, para muitos papéis, lhe falta a “emoção” dos grandes barítonos italianos, sem a qual muitos papéis ficam... sem graça.
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Dietrich Fischer-Dieskau
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5 comentários:
caro José,
depois de um dia de visita aos cemitérios da familia da minha mulher Lena, apeteceu me ouvir muito o Rei dos Silfos no seu Blog e tentei no meu uma tradução, tambem para os seus prezados leitores.
Ralf
Bem! depois de "La stupenda" eis que entrou no reino do Lied e eu, que me apaixonei por este tipo de canção recentemente, apanho aqui um dos expoentes máximos neste tipo de música e a cantar Schubert, o meu compositor favorito de Lieder... que posso mais admirar aqui? Não conheço Fischer-Dieskau na ópera, apenas no Lied e no Oratório Paixão segundo São Mateus. Mas eu, que por amor à música alemã comecei a aprender a língua, destaco neste homem a sua capacidade de cantar todas as sílabas de uma forma compreensível, nada de vocalizos, uma perfeição de dicção e domínio da voz!
Caro Geocrusoe,
tenho (quase)a certeza que começou a cantar/aprender alemão por causa de uma rapariga linda...
Pode-nos contar se finalmente conseguiu e tudo valeu a pena ?
Se por acaso ainda gosta da lingua alemã e das cantatas do Bach tenho aqui umas boas traduções:
http://cantatasdebach.blogspot.com/
:)
Ralf
ao Ralf
A minha musa neste caso é mesmo a música alemã com voz, depois de ter descoberto a oratória 2.º S. Mateus, foram as óperas de Wagner, Mozart e o Fidélio; mais recentemente os Lieder a que se associou a minha admiração por Berlin e por fim a descoberta de Viena e as respectivas ofertas culturais. Pelo menos por agora não pretendo falar... apenas ouvir de forma mais profunda o canto alemão.
aDORO MÚSICA
(E ARTE)...............
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