Em “La Traviata” Verdi tentou a experiência de pôr em música um trágico drama da vida contemporânea. De novo tomou como base uma bem conhecida peça – A Dama das Camélias – de Alexandre Dumas, Filho, que vira representar em Paris, em 1852. O inêxito da ópera, aquando da estreia, foi atribuído à fraca qualidade dos cantores, e muito especialmente, à corpulência da heroína, que na peça era uma tísica; mas muitos pensam que o verdadeiro motivo do desastre foi a recusa da plateia em tolerar uma ópera – e ainda por cima uma tragédia – vestida “à moderna”. O resultado foi que, durante muitos anos, “La Traviata” foi sempre levada à cena vestida à maneira de qualquer época remota, embora fosse permitido habitualmente que a heroína usasse luvas de última moda e todas as jóias que entendesse. Em tais condições não é de admirar que os músicos sérios olhassem a ópera com um desprezo total. Situação que, como sabemos, o tempo veio corrigir.
“La Traviata” é historicamente muito importante, pois é a primeira tentativa de tratamento operático de uma tragédia doméstica que teve êxito. Foi precedida por duas outras óperas, também de Verdi: “Luísa Miller” (Nápoles, 1849), baseada numa peça de Schiller, e “Stifellio” (Trieste, 1850).
Esta última viria a ser renegada pelo próprio Verdi, que usou a música para outra sua ópera, “Aroldo” (Rimini, 1857) .
“La Traviata” é historicamente muito importante, pois é a primeira tentativa de tratamento operático de uma tragédia doméstica que teve êxito. Foi precedida por duas outras óperas, também de Verdi: “Luísa Miller” (Nápoles, 1849), baseada numa peça de Schiller, e “Stifellio” (Trieste, 1850).
Esta última viria a ser renegada pelo próprio Verdi, que usou a música para outra sua ópera, “Aroldo” (Rimini, 1857) .
5 comentários:
este blog merece ser publicado. tem-me permitido dicas valiosas. um abraço.
Pena que no local onde estou não possa ouvir o vídeo... mas pela atenção que tem dado a Verdi, vejo que quase subscreve a frase de Callas com ornamenta o título do blog e digo "quase" porque sei que ouve outras experiências operáticas, não acompanhasse eu este blog com frequência.
eu adorei o livro e desse ópera só ouvi trechos. boa parte dos meus amigos falam tortura na programação cultural porque na cidade deles é praticamente inexistente. beijos, pedrita
e eu que passo e raramente falo.
faço-O agora para SUBSCREVER o Atento Luis Galego.
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Bom fim de semana.
ProntoS.
prometo não voltar a invadir este espaço.
bom de tudo para Si.
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