quarta-feira, 30 de maio de 2007

Tulio Serafin



Tulio Serafin (1878-1968) é uma figura incontornável da História da Ópera.
Muito novo, foi contratado por Toscanini como “assistant” para o La Scala, aí começando uma brilhante carreira. Alargou o repertório cantado até então no grande teatro de Milão, a compositores como Richard Strauss e Weber.
Logo a seguir à guerra de 14-18, parte para os Estados Unidos, e no período de 1924 até 1934 é um dos maestros do MET, onde apresenta, pela primeira vez naquela sala, a “Turandot” e “Simon Boccanegra” , entre outras.
Em 1934 regressa a Itália como director artístico do Teatro Reale em Roma. Aí dirige, também pela primeira vez, o “Anel” de Wagner em italiano, bem como Berg e Britten naquela língua.
E logo a seguir à II Grande Guerra, ei-lo novamente à frente do La Scala.
Para além de ter introduzido muitos compositores nos importantes teatros em que trabalhou, era um notável descobridor de talentos, “infalível” na opinião de Tito Gobbi.
Callas e Sutherland passaram pelas suas mãos. As primeiras grandes gravações de Callas têm Serafin na batuta, e foi ele que “lançou” Sutherland na “Lucia” que a celebrizaria.
Com 84 anos ainda regeu o “Othello” de Rossini.

1 comentário:

Anónimo disse...

Faz falta um novo maestro que seja tão conhecedor de Vozes com Tullio Serafin. Existem maestros excelentes como James Levine, Valery Gergiev, Daniel Barenboim, Simon Rattle, Claudio Abbado mas da nova geração que desponte nesta área de saber dirigir cantores e orquestra ( de modo a que a orquestra escute o cantor e vice-versa ) podemos ter esperança em Yves Abel, Patrick Summers, Antonio Pappano que possuem percursos artísticos invejáveis...Só precisam de tempo para amadurecerem.

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