
Tulio Serafin (1878-1968) é uma figura incontornável da História da Ópera.
Muito novo, foi contratado por Toscanini como “assistant” para o La Scala, aí começando uma brilhante carreira. Alargou o repertório cantado até então no grande teatro de Milão, a compositores como Richard Strauss e Weber.
Logo a seguir à guerra de 14-18, parte para os Estados Unidos, e no período de 1924 até 1934 é um dos maestros do MET, onde apresenta, pela primeira vez naquela sala, a “Turandot” e “Simon Boccanegra” , entre outras.
Em 1934 regressa a Itália como director artístico do Teatro Reale em Roma. Aí dirige, também pela primeira vez, o “Anel” de Wagner em italiano, bem como Berg e Britten naquela língua.
E logo a seguir à II Grande Guerra, ei-lo novamente à frente do La Scala.
Para além de ter introduzido muitos compositores nos importantes teatros em que trabalhou, era um notável descobridor de talentos, “infalível” na opinião de Tito Gobbi.
Callas e Sutherland passaram pelas suas mãos. As primeiras grandes gravações de Callas têm Serafin na batuta, e foi ele que “lançou” Sutherland na “Lucia” que a celebrizaria.
Com 84 anos ainda regeu o “Othello” de Rossini.