Bem poucos conseguem incluir no repertório Verdi e Wagner, e cantá-los com a mesma elevada qualidade.
Mas Gré Brouwenstijn, grande soprano holandês, consegui-o na perfeição.
Muito esquecida nos nossos dias, permanece uma lenda através das suas gravações, e esta nova edição, que surgirá brevemente no mercado, ajudará, estou certo, as novas gerações a conhecer uma bela voz.
E é sempre bom recordar que, quando a Alemanha nazi ocupou a Holanda, Hitler convidou-a para os palcos alemães. Mas Brouwenstijn recusou sempre...alegando problemas de saúde...e interrompendo assim, durante anos, uma gloriosa carreira.
Exemplo de verticalidade e coerência.
2 comentários:
Era de facto uma cantora competente, embora mais wagneriana do que verdiana (ou mozartiana, compositor que também cantou) nas suas abordagens. Juntamente com a sua compatriota Cristina Deutekom, foram as duas cantoras líricas holandesas mais internacionais da 2ª metade do séc. XX.
Bernardo
De Gre Brouwenstijn, detentora de um interessantíssimo timbre velado para além de um assinalável rigor estilístico, possuo, sem querer incorrer em omissão, as Elisabetes do Don Carlo e Tannhauser, a Amelia do Baile de Máscaras, a Leonora da Forza, a Sieglinde e a Desdémona do Otello.
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