Realizou-se há poucos dias no Liceo de Barcelona o “Fórum Europeu da Ópera”, sem que qualquer eco tivesse chegado a Portugal, pelo menos à Imprensa do país, o que não se estranha… A verdade é que na cidade catalã estiveram mais de meia centena de reputados directores, para debater o espectáculo e o que se adivinha nos tempos que aí vêm.
“A Ópera é, hoje, mais popular que nunca”, afirmou Brian McMaster, antigo director do Festival de Edimburgo, regozijando-se pelo facto de a Ópera ter deixado de ser um espectáculo elitista, ou como tal considerado.
Tony Hall, da Royal Opera House, considerou que agora o público pode assistir a óperas sem ir ao teatro, e já não apenas com as gravações áudio e vídeo que tiver em casa. A passagem da lírica para os ecrans dos teatros, em transmissões directas, aumentou drasticamente o número de espectadores, e consequentemente, o potencial de desenvolvimento da Ópera. Por outro lado, a Internet funcionou como autêntica explosão, neste movimento já por si fantástico.
Mas Mortier, futuro director do Teatro Real de Madrid, alerta para a necessidade de levar o público aos teatros de ópera, porque “a relação entre os cantores e o público é insubstituível. A tecnologia é importante, mas não devemos esquecer de que é um meio, não um fim em si mesmo”.
E Joan Matabosch, director do Liceo, defende que “a tendência actual é renovar os repertórios, que as grandes óperas do século XX façam parte deles, e que a novidade seja a nova ópera, de novos compositores”.
Debate aceso e interessante.
Polémico, com muitos pontos a dividir os oradores.
Discussão que não chegou a Portugal.
Fonte: “El País”
“A Ópera é, hoje, mais popular que nunca”, afirmou Brian McMaster, antigo director do Festival de Edimburgo, regozijando-se pelo facto de a Ópera ter deixado de ser um espectáculo elitista, ou como tal considerado.
Tony Hall, da Royal Opera House, considerou que agora o público pode assistir a óperas sem ir ao teatro, e já não apenas com as gravações áudio e vídeo que tiver em casa. A passagem da lírica para os ecrans dos teatros, em transmissões directas, aumentou drasticamente o número de espectadores, e consequentemente, o potencial de desenvolvimento da Ópera. Por outro lado, a Internet funcionou como autêntica explosão, neste movimento já por si fantástico.
Mas Mortier, futuro director do Teatro Real de Madrid, alerta para a necessidade de levar o público aos teatros de ópera, porque “a relação entre os cantores e o público é insubstituível. A tecnologia é importante, mas não devemos esquecer de que é um meio, não um fim em si mesmo”.
E Joan Matabosch, director do Liceo, defende que “a tendência actual é renovar os repertórios, que as grandes óperas do século XX façam parte deles, e que a novidade seja a nova ópera, de novos compositores”.
Debate aceso e interessante.
Polémico, com muitos pontos a dividir os oradores.
Discussão que não chegou a Portugal.
Fonte: “El País”
2 comentários:
provavelmente também não chegou lá qualquer eco de portugal...
pelo menos no campo da ópera voltámos ao orgulhosamente sós... e cada vez mais pobretanas, como sempre acontece com este tipo de postura.
Em Portugal, estes assuntos não são dignos de relevo. Outros valores se levantam...
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