Segundo me informa Christof Dammann, Director Artístico de S.Carlos, a substituição de Elisabete Matos na “Salome” foi provocada por cancelamento da própria cantora.
E aqui o caso “muda de figura”.
Fui consultar o “site” oficial do soprano, e, na “agenda” para Abril 2009 consta a “Turandot” (6 récitas) em Valência. De S.Carlos e “Salome”….nada.
Ora, quero crer que Matos aceitou previamente as condições propostas pelo nosso Teatro, permitindo que este anunciasse a sua presença. E o público aderiu, dado que as récitas esgotaram com largos meses de antecedência.
Cancelando, o soprano demonstra falta de respeito pelo povo do seu país, e uma demonstração cabal de que, afinal, o seu tão apregoado profissionalismo não é assim tão elevado…
Nancy Gustafson cantou o papel no Scala em 2007.
Fica-nos, ao menos, a esperança de o ver bem cantado.
Ei-la na “Traviata”.
quarta-feira, 4 de março de 2009
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7 comentários:
Não o sabia tão próximo de Dammann...:)
No caso de o cancelamento ter partido da cantora, não abona nada em favor desta. Resta saber as razões para tal sucedido.
Pelo menos, a Gustafson não é uma cantora qualquer. Apresenta um currículo sólido com presença em alguns dos mais prestigiados teatros de ópera.
Caro Hugo
Não sou próximo de Dammann...
Teve apenas a delicadeza de responder a um mail que enviei para S.Carlos.
:)
Pergunte-se isto a si próprio, independentemente do que lhe disse o dr. Dammann: se as datas da Salomé e da Turandot não coincidem, como é que alguém pode dizer que a cantora cancelou uma pela outra? E como é que se permite publicar apenas as declarações do director do teatro, e tirar daí as conclusões que tira, sem ouvir também a Elisabete Matos?
Sinto que o dr. Dammann armou uma barraca com a cantora e está a utilizá-lo a si para o encobrir. Espero que o frete valha a pena.
Por mera questão de cortesia, que o autor não merecia, publiquei o comentário anterior, assinado por "Sancho Halpner".
A quem digo que não faço frete nenhum a ninguém, muito menos a quem não conheço.
Talvez tenha aberto uma excepção: publicar o comentário.
Conhecendo como conheço as instituições deste país, muito me apraz que se tenham dignado a enviar-lhe uma resposta. É de louvar.
O seu post insinua que Elisabete Matos cancelou a Salomé em Lisboa para cantar a Turandot em Valência. Como as datas das récitas de ambos os espectáculos não se sobrepõem, é fácil perceber que o soprano não trocou uma cidade por outra, pelo que se trata de uma insinuação maldosa.
Como sabe, há um milhão de motivos para os cantores cancelarem, desde imprevistos como doenças, até, por exemplo, recusa sistemática de certos teatros em assinar os contratos que os vinculem à palavra dada. Dizer que Elisabete Matos não respeita o povo do seu país, ou denegrir o seu profissionalismo quando não se conhecem as razões do cancelamento, é abusivo, despropositado e ofensivo. Bastaria, de resto, contar as vezes que Elisabete Matos já cancelou para se perceber que só motivos muito graves é que a levariam a tomar esta decisão. Para sua informação, esta é a primeira vez que cancela.
Por fim, não acha estranho que o senhor Dammann lhe tenha dado satisfações a si, mais de quinze dias depois do cancelamento, quando não o fez a nenhum órgão de comunicação social em tempo útil?
Permita-me sugerir-lhe que guarde bem esse e-mail que o director do teatro, na sua extrema generosidade, fez o favor de lhe enviar. (Suspeito que a esta hora já lhe deve ter enviado outro, menos solícito.) Tenho a impressão que o seu futuro mais próximo vai depender dele.
Sr.Adriano Eliseu, remeto-o para o "post" que fiz a seguir a este.
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