Lembro-me perfeitamente do receio que surgiu há anos, quando Pavarotti, Carreras, Caballé, Mirella Freni, Agnes Baltsa, Alfredo Kraus, Ghiaurov, Gwyneth Jones, Christa Ludwig e outros nomes que seria fastidioso enumerar, entraram na curva descendente das suas extraordinárias carreiras.
Parecia que se caíra no vazio.
As nossas discotecas estavam repletas das grandes gravações de todos eles, bem juntas às de épocas anteriores, de Callas, Tebaldi, Gobbi, Bjorling, Nilsson, enfim, os “clássicos”. Tínhamos os discos, é certo, mas pairava no ar a sensação de que após este conjunto de “estrelas”, atravessaríamos o deserto…
Ora, olhando hoje em dia para a lírica mundial, ficamos mais descansados.
E mesmo que não haja outra Callas…outro Gobbi….há cantores de nível extraordinário, indiscutivelmente, que enriquecem o espólio de qualquer melómano, em termos áudio e vídeo.
Anna Netrebko, Villazon, Gheorghiu, Jonas Kaufmann (foto), Garanca, Pape, Stemme e Joyce DiDonato(foto) são apenas aqueles de que me recordo imediatamente. Mas há mais.
Grandes vozes.
Que asseguram o futuro.
sexta-feira, 27 de março de 2009
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2 comentários:
e ainda bem que o bel-canto lírico continua, com novas vozes, novos estilos, mas sempre na busca de uma perfeição ideal.
Caro José Quintela Soares
A dita música erudita tem dito uma renovação de intérpretes espantosa, tivemos de ver isso mesmo num concerto de música barroca em Paris, ela continua bem viva e recomenda-se.
PS - A programação do canal Mezzo oferece-nos momentos inesqueciveis.
Abraço cinéfilo
Paula e Rui Lima
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