Com pouco mais de 20 anos, Cristina de Castro estuda canto com Elena Pellegrini.
Estreou-se no S.Carlos em 1955, num dos “pagens” de “Tannhauser”, e no Coliseu dos Recreios canta pela primeira vez em Novembro desse ano, na ópera “Um Sonho de D. João V”, da autoria do Conde da Esperança.
Presença constante nestes dois palcos, sobre ela escreveu Joly Braga Santos:
“Não só a sua voz é linda e exemplarmente colocada, como revelou um talento histriónico excepcional”.
Em 1958 integra o elenco da célebre “Traviata”, com Maria Callas e Alfredo Kraus, fazendo o papel de “Annina”. (Na foto, Cristina de Castro com Callas)
Em 1960 participa num concurso internacional de canto, em Liverpool, classificando-se como a melhor cantora estrangeira.
Três anos depois inicia a sua colaboração na Companhia Portuguesa de Ópera, do Trindade, cantando a “Rosina” do “Barbeiro de Sevilha”.
A sua carreira prossegue até princípio dos anos 70, altura em que se torna professora do Conservatório Nacional.
Quem se recorda das temporadas de S.Carlos e do Trindade nos anos 50 e 60, certamente não esquece Cristina de Castro.
(Fonte: Mário Moreau, "Cantores de Ópera Portugueses", Vol.3)
5 comentários:
Uma das professoras mais referenciadas por muitos dos actuais cantores líricos portugueses.
A minha querida Cristina,pena não estarem editadas o ciclo de canções portuguesas gravadas para a RDP.
Olá, desejava usar esta imagem para um vídeo que montarei sobre a Maria Callas em Portugal, com uma pequena entrevista inédita, dão-me permissão para a usar?
Obrigado
Caro José Quintela Soares
Conheci esta cantora lírica em finais dos anos 50 até 1966, quando actuava nos "Serões para Trabalhadores" da FNAT.
Tenho na minha presença um desses programas onde ela actuou em 20 de Fevereiro de 1960 no Pavilhão dos Desportos.
Cantava com "Hugo Casaes" o dueto "DUNQUE IO SON"(Ópera Barbeiro de Sevilha) de Rossini, simplesmente o seu nome artístico e tal como a conhecia, era chamada de "Cristina Maria" (Será a mesma pessoa de que estamos a comentar?).
Posso testemunhar que tinha uma belíssima voz de soprano lírico.
Neste Espectáculo o Coro da FNAT deu também a sua contribuição com o "Coro dos Peregrinos da (Ópera Tanhäuser) de R. Wagner e a "Dança do Fogo" de Manuel Falla.
A "Cristina" cantou também "Serenata" de Richard Strauss e o célebre "CARO NOME"(Ópera O Rigoleto) de Verdi.
Na última parte tivemos actuações mais recreativas na interpretação do grande declamador (desaparecido em 1961) "João Villaret", além do tenor Domingos Marques, Simone de Oliveira e Maria de Lurdes Rezende, nós, do coro, finalizámos o espectaculo com a "Rapsódia de Cantos Populares" de Armando Escoto acompanhados pela Orquestra da FNAT. Bons tempos!
Um abraço
APS
Exactamente, caro APS, Cristina Maria de Castro.
Um abraço.
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