quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

"Fidelio"

Única ópera composta por Beethoven, “Fidelio” demonstra à saciedade a genialidade do Mestre.
Autor de muita da melhor música alguma vez composta, há quem considere esta ópera uma sinfonia dramática.
A personalidade de Beethoven foi profundamente afectada pelas perturbações políticas do seu tempo. Diz-se amiúde que a sua música é a evolução natural das de Haydn ou Mozart, mas ninguém deixará de reconhecer que com ele surge um novo carácter musical, admitindo-se que por influência da música da Revolução francesa.
Em relação ao “Fidelio”, houve quem considerasse que as suas personagens são muito irreais; “Florestan”, o herói aprisionado, seria demasiado virtuoso, e “Pizarro”, o típico tirano, incrivelmente vil. Mas naquele tempo…era assim.
“Florestan” e “Leonora” são personagens que o público comparou muitas vezes a outro par famoso, “Tamino” e “Pamina”, de Mozart. Mas enquanto estes integram o imaginário, a dupla de Beethoven aparece aos nossos olhos como bem mais real.
Eis a grande Christa Ludwig no “Fidelio”.

2 comentários:

Carlos Faria disse...

Sinfonia dramatica, talvez!... sei que a unica opera de Beethoven tambem me parece unica em estilo musical e drama(e adoro-a) e desde as primeiras notas imediatamente se reconhece o autor daquelas magnificas 9 sinfonias e das 24 sonatas situacao que igualmente acontece nos varios lieder que ele compoes... o que demonstra que efectivamente Beethoven e' unico, nao 'e igual a Haydn ou Mozart, nem aos primeiros romanticos... e' uma ponte, mas que bela ponte para a margem seguinte.
Um pormenor, parece-me que a opera alema deve ter entrado em crise depois de Fidelio por algum tempo, pois que me lembro, grandes operas alemas so' ressuscitam com Wagner algum tempo depois... ou estou enganado?

hora tardia disse...

venho apenas e só desejar-LHE o melhor natal do mundo.





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