segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

As Óperas de Verdi (6)

Em 1862 estreia “La Forza del Destino”, em São Petersburgo, e em 1867 “Don Carlo” em Paris. Ambas com belas cenas e música verdadeiramente impressionante.
Toda a obra de Verdi estava a sofrer uma mudança de estilo, dado que, continuando a perseguir o ideal do efeito cénico directo, sacudira de si a vulgaridade que desfigurava as suas primeiras óperas. E “Aida” (Cairo, 1871) demonstra de forma clara o seu total domínio das situações teatrais. Encomendada para a inauguração do canal de Suez, o propósito inicial era o de a ópera a estrear poder tornar-se uma diversão espectacular nesse dia, e atingiu esse objectivo, indo muito para além disso. Poucas óperas são tão directa e convincentemente atraentes. E pensando em termos empresariais, era conveniente para todo o tipo de teatros: para os que podiam pagar as encenações mais luxuosas, e para os outros mais modestos, pois a melodia é de tal maneira magnífica que o público esquecia-se da humildade dos cenários.
“Aida” é uma ópera difícil para os cantores, nomeadamente para o tenor que, ainda sem quase ter podido “aquecer” as cordas vocais, é obrigado a interpretar a célebre ária “Celeste Aida”. Ainda há bem poucos anos, Placido Domingo só não foi pateado por ser quem é, pois desafinou, e muito, nesta ária, numa gravação que, infelizmente para ele, existe comercializada em dvd.
Vamos ouvir o grande Pavarotti numa interpretação sem mácula de “Celeste Aida”.


2 comentários:

Anónimo disse...

aída é a ópera preferida da minha mãe. beijos, pedrita

Carlos Faria disse...

Vejo que a saga sobre Verdi prossegue..., pois a verdade 'e que os grandes cantores tambem teem falhas... pudera os maus cantores terem tambem momentos tao bons quanto os primeiros! Mas a verdade e' que quando se espera muito de uma recita ou cantor e as coisas nao sao perfeitas a critica e' bem maior... isso passou-se comigo no Mets.
Quanto `a forza do destino sei apenas a lenda da maldicao, mas nunca a ouvi integralmente, nao sendo supersticioso confesso que `as vezes tenho as minhas fraquezas.

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