sexta-feira, 2 de março de 2007

Birgit Nilsson



Soprano lírico, Nilsson fica na história da ópera como uma das maiores intérpretes de Wagner e de Richard Strauss.
Como muitas vezes acontece, começou a cantar no coro da igreja da pequena aldeia sueca onde nasceu. O maestro logo percebeu estar diante de uma promissora cantora, mas o pai preferia que ela se dedicasse à gestão da pequena fazenda que possuía.
Mas com 23 anos vai para o Conservatório de Estocolmo.
Estreia-se cinco anos depois, em 1946, na Ópera Real Sueca no papel de “Agathe” de “Der Freischutz” de Weber, e só em 1956 canta nos Estados Unidos a “Isolde”, (que interpretaria mais de 200 vezes) e em Bayreuth a “Else” do “Lohengrin”.
Inesquecível é também a sua “Elektra” de Strauss.
E o que mais espanta em Birgit Nilsson, é que sendo considerada uma “wagneriana”, cantasse com a mesma qualidade papéis “italianos”.
Ainda hoje é considerada a melhor “Turandot”, e uma extraordinária “Lady Macbeth”.
A grande cantora morreu em 2005.
Qualquer gravação sua merece estar nas nossas colecções de ópera.
Saliência para a sua “Isolde” de 1966, cantada em Bayreuth com a direcção de Karl Bohm, ou qualquer das “Elektra”.

2 comentários:

Anónimo disse...

Num outro blogue fiz há um ano o meu primeiro comentário porque nele se falava de Birgit Nilsson que vi na Brunhilde do Crepúsculo dos Deuses em 1976 no S. Carlos. Não há adjectivos para esta voz, sem dúvida a maior da segunda metade do século XX (custa-me dizer século passado) e para a sua robustez vocal.
Raul Andrade Pissarra

José Quintela Soares disse...

Obrigado pelo seu comentário.
Concordo em absoluto.

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