quarta-feira, 28 de abril de 2010

1913



Cesarina Lira (1883-1964), soprano.
Estreou-se em 1912, numa “Aida” apresentada no Coliseu de Lisboa, imediatamente seguida de “O Trovador”.
No ano seguinte, integra a temporada de ópera italiana da mesma casa de espectáculos, a que se refere o cartaz aqui exposto, facto notável atendendo à pouca experiência da cantora, mas justificado pela sua qualidade.
Em 1914 canta no “Sá da Bandeira” no Porto “Os Palhaços”, e no ano seguinte, em Lisboa, no Éden Teatro, voltou à “Aida”.
E por aqui se ficou a carreira de um soprano que podia ter ido bem mais longe, mas que a I Grande Guerra marcou, por não ter permitido, como era seu desejo, fixar-se em Itália para aí estudar e cantar.

(Fonte de texto: Mário Moreau, “Cantores de Ópera Portugueses”, vol.2. A fotografia foi publicada na colecção "Inesquecíveis")

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Carreira fugaz


Como se pode ler neste cartaz, a empresa decidiu repetir a récita de “Rigoletto” por ter esgotado completamente a lotação da representação anterior, a que certamente não terá sido alheia a presença de Emília Rodrigues (1894-1979), no papel de “Gilda”.
Este soprano estreou-se no Teatro Carlos Alberto, no Porto, em 1912, cantando duas árias de “A Sonâmbula” e “Lucia de Lammermoor”, mas só em 1914 iniciaria a sua carreira na ópera, no Coliseu de Lisboa, na mesma ópera de Bellini.
A I Grande Guerra impediu-a de ir para Itália estudar, razão pela qual continuou em espectáculos líricos no nosso país, nomeadamente no “Rigoletto”.
Diz Mário Moreau:
“Em poucos meses de carreira operática, Emília Rodrigues conseguira já alcandorar-se a um lugar de primeiro plano na arte lírica portuguesa, mercê não só duma voz bela e primorosamente trabalhada…como também graças às suas notáveis aptidões cénicas”.
Em 1917 foi contratada para cantar no Rio de Janeiro, e essa viagem foi decisiva na sua carreira. Aí casa, e por razões familiares termina a sua breve passagem pelos palcos.
Viveu em São Paulo até à morte.


(Fonte de texto: Mário Moreau, “Cantores de Ópera Portugueses”, Segundo Volume.
Fotografia publicada na colecção “Inesquecíveis”)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

XX, XXI...


Ainda Callas usava "Meneghini" no nome artístico, já a cidade do México, através do seu "Palacio de Bellas Artes", a apelidava de "Soprano Absoluta del Siglo".
E eu, naturalmente suspeito, se tivesse de elaborar uma frase deste género, não precisaria do século para nada, e apenas escreveria "Soprano Absoluta".

quarta-feira, 14 de abril de 2010

DVD Revisitado (5)


Quando me apetece um "festival" de grandes cantores, revejo este dvd.
Gravado no dia 1 de Dezembro de 1984, não são necesárias muitas palavras para o caracterizar.
Vê-se, ouve-se, e não se dá por o tempo passar.
Recomendo, se ainda o conseguirem encontrar.



sábado, 10 de abril de 2010

Quem são? (15)


Afamado Soprano coloratura, na sua época.
Mas para além disso, teve um papel fundamental na história da Ópera.


Porquê?

Quem é?

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Thanks, Mrs.Ziff !



Esta senhora chama-se Ann Ziff.
Não, não é cantora.
Está aqui porque acaba de doar, ao MET, a módica quantia de 30 milhões de dólares!
A direcção da instituição, que prevê um deficit para este ano de 4 milhões, pode dormir assim mais descansada. Até porque se trata da maior doação que este Teatro alguma vez recebeu.
Ann Ziff é filha do soprano Harriet Henders, que cantou no MET nos anos 30, sem deixar nome na História lírica.

Todos os amantes de Ópera agradecem a Ann Ziff!

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