
Por vezes, para quem a escuta pela primeira vez, não é fácil gostar, exige um maior número de audições, e então consegue-se apreciar o talento, a riqueza da interpretação.
Para muitos foi a maior “Adriana Lecouvreur”.
Magda Olivero, que nasceu em 1910, estreou-se em 1932 numa emissão radiofónica em Turim, e daí para todos os principais palcos italianos durante uma década. Em 1941 casou-se e retirou-se.
Voltou mais tarde exactamente para cantar a “Adriana”, e só cantará no MET em 1975 na “Tosca”. Tinha 65 anos!
As suas últimas aparições em palco datam de 1981, com “La Voix Humaine” de Poulenc.
Um certo tremor na voz poderá assustar quem a escuta pela primeira vez. Mas confesso que me rendi às suas qualidades vocais e interpretativas quando a escutei com maior atenção. A sua Liù é de uma carga interpretativa punjente.
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