sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Outros Tempos



Tempos houve, em que a Ópera era bem tratada em Portugal.
Anualmente, publicavam-se com antecedência, sabida a programação da temporada, os “libretos”, dando assim a conhecer os enredos, para mais fácil compreensão dos que não os conheciam.
E era uma casa editorial do Porto que se encarregava da tarefa.
Não havia Internet, nem rádio ou televisão. E apesar de a esmagadora maioria dos cidadãos ser analfabeta, nem por isso se abandonava a preocupação de chegar ao maior número possível de potenciais interessados.
Outros tempos…

domingo, 24 de outubro de 2010

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domingo, 17 de outubro de 2010

Ouro...mas pouco.



Ontem, no Grande Auditório da Gulbenkian, fez-se História.
Pela primeira vez em Portugal, uma transmissão em HD de uma ópera do MET.
Ainda que em diferido. Outras virão em directo.
“O Ouro do Reno”, para começar. Bryn Terfel cabeça de cartaz.
Que dizer?
Destacaria pela positiva: James Levine, a Orquestra, Robert Lapage e Eric Owens.
Isto é, o Maestro e os seus Músicos, a encenação e Alberich.
E se a qualidade de Levine apenas poderia ser questionada dados os seus recentes problemas de saúde, bem depressa nos apercebemos que aquele Levine, à frente desta Orquestra há quatro décadas, está em pleno. Mas a grande questão que se colocava era a encenação. Habitualmente, “reajo” mal a modernismos cénicos, mas este trabalho de Lepage agradou-me. Gostei.
Pode ter acontecido que Wagner tenha dado alguns saltos no sepulcro, por pensar que se estava a distrair o público da acção principal. Mas gostei.
Eric Owens, no Alberich, foi simplesmente “the best on the screen”. Voz poderosa, interpretação magnífica, “encheu” o palco. Muito bem!
Então e o resto? Terfel? Fasolt e Fafner? Fricka?
Terfel foi, na minha opinião, a desilusão completa. O seu Wotan é vulgar, sairá rapidamente da memória dos que viram e ouviram. Sem chama, sem alma. Que saudades tive de Donald McIntyre, por exemplo… Os “gigantes” foram banais, para não dizer fracos. A Fricka de Stephanie Blythe esteve bem vocalmente, mas…não se pode ver sem um ligeiro sorriso, dado o peso da cantora.
No final, alguma sensação de espectáculo mediano.
Fez-se história, mas não pelas melhores razões.
Foi pena.

domingo, 10 de outubro de 2010

Raridade


“Como ela o amava”, de Camilo Castelo Branco, serviu de inspiração a Henrique Lopes de Mendonça (1856-1931) para o libreto da ópera “Serrana”, que Alfredo Keil (1850-1907) comporia.
Foi estreada em S.Carlos em 1889.
Numa recente visita a um dos alfarrabistas “obrigatórios” de Lisboa, encontrei a preciosidade em anexo. Reservada pelo velho amigo proprietário da loja, que conhece este meu gosto pela Ópera. Confesso que fiquei deslumbrado. E grato.
Faço notar que as ilustrações, com dedicatória a Keil, são da autoria de Roque Gameiro e de Columbano.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Lojas caóticas

Para um melómano lisboeta, os tempos andam difíceis…
Em simultâneo, houve mudanças nos dois locais de compra de eleição.
(Não preciso dizer quais são. Esses !)
Num mudaram o agradável espaço onde nos deliciávamos, para uma esconsa e triste cave, perdida quase num parque de automóveis…No outro, alteraram a disposição, mas mantiveram o caos. Não há a secção “Novidades”, e está tudo misturado….
Que as dificuldades de venda são grandes, sabia. Mas exactamente por isso, impunha-se uma oferta atraente, preços convidativos e boa organização.
Nada disso.
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