Lê-se no Programa da “Integral dos ciclos para canto e piano” de Olivier Messiaen, por ocasião do centenário do seu nascimento, espectáculo a que assisti na Gulbenkian, na segunda-feira:
“Este recital terá dois intervalos de 20 minutos e a duração total de 3 horas e 20 minutos”.
Nem os intervalos tiveram os minutos indicados, nem a duração do espectáculo foi aquela. Começou às 19 horas e terminou cerca das 21.30.
Adiante…
Três sopranos acompanharam o brilhante pianista Eric Schneider.
E se a prestação deste foi absolutamente notável, o mesmo não diria de Cláudia Barainsky, que ocupou a primeira parte. Sem chama, sem alma, apenas cumprindo programa. Fatal em Messiaen.
No primeiro intervalo as pessoas entreolhavam-se. Algumas saíram. E fizeram mal.
Porque Ruth Ziesak (na foto) arrebatou a assistência com uma entrega total ao canto. Aos frios aplausos para Barainsky, seguiram-se palmas calorosas e intermináveis para Ziesak, que bem as mereceu.
E Christiane Oelze, que já em anos anteriores se mostrara naquele mesmo palco como uma enorme cantora, fechou em beleza.
Messiaen não é um compositor popular. Não é fácil, nem por vezes agradável ao ouvido, e por isso mesmo exige cantoras que, para além da capacidade vocal, sintam o que cantam, e extravasem tudo o que lhes vai no pensamento.
Ziesak merece nota máxima.
“Este recital terá dois intervalos de 20 minutos e a duração total de 3 horas e 20 minutos”.
Nem os intervalos tiveram os minutos indicados, nem a duração do espectáculo foi aquela. Começou às 19 horas e terminou cerca das 21.30.
Adiante…
Três sopranos acompanharam o brilhante pianista Eric Schneider.
E se a prestação deste foi absolutamente notável, o mesmo não diria de Cláudia Barainsky, que ocupou a primeira parte. Sem chama, sem alma, apenas cumprindo programa. Fatal em Messiaen.
No primeiro intervalo as pessoas entreolhavam-se. Algumas saíram. E fizeram mal.
Porque Ruth Ziesak (na foto) arrebatou a assistência com uma entrega total ao canto. Aos frios aplausos para Barainsky, seguiram-se palmas calorosas e intermináveis para Ziesak, que bem as mereceu.
E Christiane Oelze, que já em anos anteriores se mostrara naquele mesmo palco como uma enorme cantora, fechou em beleza.
Messiaen não é um compositor popular. Não é fácil, nem por vezes agradável ao ouvido, e por isso mesmo exige cantoras que, para além da capacidade vocal, sintam o que cantam, e extravasem tudo o que lhes vai no pensamento.
Ziesak merece nota máxima.