sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Indignação

Alguém já ouviu ou leu alguma justificação, por parte da Direcção de S.Carlos, sobre a substituição de Elisabete Matos por Nancy Gustafson, na “Salome”?
Eu não.
E gostaria.
Consultando o “site” do Teatro, lá está, explícito e seco, sem qualquer explicação, “Nancy Gustafson” em todas as récitas.

Pergunto: será que “isto” fica assim?
Já não haverá ponta de vergonha na cara dos senhores(?) que dirigem aquela casa?
Somos enganados e calamo-nos?
Pactuamos com o logro?

sábado, 21 de fevereiro de 2009

"Tesouros" da RDP


Em 2000, sem que existisse nada para comemorar, a RDP fez uma edição especial limitada da “Traviata” de 1958, com Callas em S.Carlos.
Dois cd de excepção, bem melhores que os da versão “oficial” que a EMI comercializou, só possíveis através da digitalização que aquela estação emissora empreendeu nos seus arquivos, a partir de 1994.
Sou um dos felizes “contemplados” com esta edição histórica e, confesso, fiquei à espera do que viria a seguir. Mas nada mais apareceu.
Ora nem é preciso estar muito atento à arte lírica em Portugal, para saber que por S.Carlos passou, a partir dos anos 40 até 80, a fina-flor da Ópera, não sendo necessário citar nomes por a lista ser demasiado extensa.
Essas récitas absolutamente fabulosas eram integralmente transmitidas pela então “Emissora”, e creio que registadas em gravações áudio. Todas ou quase.
Donde, ser calculável o valor do arquivo da RDP, nomeadamente nesta área.
E a pergunta surge, inevitável: porque esperam?
Tenho a certeza absoluta de que seria um óptimo investimento, e que as edições esgotariam rapidamente.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Falta de Respeito


Será verdade?
Estarei acordado?

Anunciada há quase um ano, a presença de Elisabete Matos na “Salome” do S.Carlos em Março/Abril, parece que está cancelada.

Será verdade?

Não me interessa absolutamente nada quem possa ser a substituta.
Chame-se Nancy Gustafson ou Capitolina da Silva…
Comprei bilhete para ver o soprano português.
E agora alteram o programa?
Como assim?

Eu sei que S.Carlos anda pelas ruas da pior amargura, mas esta alteração não é apenas desfaçatez, amadorismo, “chico-espertismo”, logro, irresponsabilidade.
Além de tudo isso, é falta de respeito.
A merecer resposta adequada.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Ontem ouvi (9)





Elena Souliotis (1943-2004) surge, no princípio da sua carreira, como uma nova Callas, o que seria absolutamente decisivo para a sua curta carreira. Dotada de um instrumento vocal fantástico, não o soube aproveitar. Exagerou e ficou sem ele, bem cedo.
Mas gravou esta “Abigaille” em 1965.
Seria o seu papel favorito, e aquele que lhe arruinaria a voz, pois exige muito de quem o interpreta, e Souliotis fê-lo demasiadas vezes.
Só que este “Nabucco”, com Tito Gobbi (1913-1984) no protagonista, ficou para a história da Ópera como a gravação de referência. A acompanhar Souliotis e Gobbi, Bruno Prevedi (1928-1988) no “Ismaele”, Carlo Cava (nasceu em 1928) no “Zaccaria”, Dora Carral (soprano cubano que fez a sua carreira em Itália) em “Fenena”, Giovanni Foiani (excelente baixo) em “Il Grande Sacerdote”.
Lamberto Gardelli (1915-1998) dirige a Orquestra de Ópera de Viena.
Não sei quem apreciar mais nesta gravação, se o soprano ou o barítono. O melhor é mesmo saborear ambos, muitas vezes. Nunca cansa.



segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Polémico

Gérard Mortier.
Será ele, a partir de 2010, o director do Teatro Real de Madrid, depois de recusar o lugar na New York City Opera, que lhe pagava uma pequena fortuna. Espanha deverá ter pago mais…
E ninguém duvida que o belga alterará radicalmente aquela casa de espectáculos.
Em recente entrevista ao “El Pais”, Mortier fez algumas declarações curiosas.
Por exemplo, que Lou Reed é mais importante para a Cultura actual que Pavarotti.
E que Eva Maria Westbroek, é o grande soprano dramático dos nossos dias.
Para ele, “cantores da velha escola” devem ser substituídos por outros com conceitos mais futuristas.
Marcelo Alvarez é um “comerciante” que nunca trabalhará com ele.
Odeia a transmissão de óperas em grandes telas, em transmissões directas, como o MET faz há anos.
E Almodôvar é o Verdi da nossa época.

Polémico, como sempre.
Célebres ficaram as suas desavenças com Carreras, Muti, Abbado, Jessye Norman.
A que outras, seguramente, se seguirão.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

A não perder


É já amanhã, na Gulbenkian.
Elina Garanca, acompanhada ao piano por Charles Spencer.
Já aqui fizemos referência (Março de 2008) a este “mezzo”, e as palavras que então escrevemos tiveram confirmação.
A não perder!

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Coros de Ópera (4)


“Per Te D’Immenso Giubilo”
“Lucia di Lammermoor”

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