Os mais conservadores e tradicionalistas quase desmaiam de susto nas cadeiras, enquanto uma vanguarda aberta à novidade aplaude, exuberante.
Eu sei que tudo evolui. Que os adereços têm custos exorbitantes.
E que a ópera, como outros espectáculos, precisa de atrair novos públicos, de gerações recentes, pois sem público não há receitas e sem estas não há encenações, novas ou velhas.
O festival de Salzburgo, um marco na história lírica, abriu decididamente as portas a estas encenações a partir de 2006, merecendo críticas acérrimas por parte de muitos colunistas que escrevem nas revistas da especialidade.
Bayreuth parece bem mais reservado a esse tipo de experiências, embora se aguardem novidades para breve…
E se os palcos italianos não aderiram à “moda”, salvo raríssimas excepções, o mesmo não se poderá dizer de Zurique, Amesterdão, Paris e mesmo Covent Garden. E Nos Estados Unidos há exemplos para ambos os lados.
Comparem estas duas fotografias com versões “antiga” e “moderna” da “Manon Lescaut”. Bem elucidativas.
Creio que, feliz ou infelizmente, a tendência é para a generalização do “moderno”.
Feliz ou infelizmente?