Quem, como eu, vive em Lisboa, não tem muitas alternativas de lojas que vendam música clássica ou ópera.
Pensando bem, encontramos a FNAC, o Corte Inglez…e pouco mais.
Recordo…que Lisboa é uma capital europeia…de um país que pertence à Europa “dos ricos”…e que tem muitos séculos de História…
Há uns anos, antes destas duas lojas, podíamos comprar no Valentim de Carvalho, na Roma, na Buchholz. Seria pouco, é certo, mas ao tempo, servia bem melhor do que hoje.
Até porque, estando atento ao que o “mercado” vai oferecendo, reparamos que desde o Natal (já lá vão uns meses…), nada de especial foi lançado, o que contraria o que podemos pesquisar na net sobre lançamentos internacionais.
Experimentem visitar as páginas da “Gramophone”, da “Deustch”, da “Artaus”, e depois comparem.
Dizia-me, há pouco tempo, uma das empregadas de uma destas lojas, que ela própria não percebe esta falta de dinâmica, uma vez que, “só sai no mercado português aquilo que os editores entendem ser mais fácil vender!”.
Eu compreendo que é um negócio como outro qualquer, mas coloco sérias reservas quando desconfio que quem decide se uma ópera de Mozart, por exemplo, “vende”…é a mesma pessoa que lança, com gigantescas campanhas de promoção, um cd ou dvd do Quim Barreiros…com o respeito que este merece.
Valha-nos portanto a “santa net”, e a possibilidade de não ficar refém da “perspectiva comercial” de algum “entendido”…